terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A QUEM POSSA INTERESSAR

Porto Alegre, 10 de dezembro de 2010


CARTA DE ESCLARECIMENTO!

Face, mais uma vez, ao ataque gratuito, infundado e desnecessário, que a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Rio Grande do Sul promoveu contra a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e Afins e dirigentes sindicais representantes de diversas entidades de trabalhadores do ramo da alimentação, através de uma nota de repúdio datada de 27 de novembro de 2010, cumpre-nos esclarecer o que segue:
1º - Se algo há a ser repudiado, são apenas as repetidas ações de agressões, reflexo da intolerância de pessoas, cuja falta de habilidade política e de sensibilidade, afastou entidades que, até este ano, sempre estiveram juntas promovendo a luta da classe trabalhadora, em especial do ramo da alimentação, de maneira unificada;
2º - Termos empregados na nota de repúdio como “Pequeno Grupo de Dirigentes” apenas revelam a maneira preconceituosa e desrespeitosa com que pessoas e entidades passaram a ser tratadas por alguns dirigentes da FTIA/RS; Assim como arvorar-se de representante único do ramo da alimentação do Estado do Rio Grande do Sul é prova cabal da forma ditatorial com que a Federação está sendo conduzida, além de demonstrar ignorância política e legal sobre o movimento sindical e sua estrutura.
Uma Federação, como instância de Segundo Grau, é a legítima representante de entidades de Primeiro Grau que, voluntariamente, querem por ela ser representadas, por tanto, se é um direito de cada sindicato escolher ser representado ou não, de acordo com a decisão de suas bases e direção, caberia a entidade de segundo grau apenas respeitar essa decisão ou, em um gesto de grandeza, rever suas práticas, reconhecer os próprios erros e corrigi-los, para buscar a reunificação do ramo, mas jamais cometer, reiteradas vezes, a atitude arrogante de se julgar dona do ramo da alimentação, distorcendo fatos, na tentativa de imputar a outros a culpa de seus atos.
Cumpre-nos lembrar ainda que, em 2001, após a eleição da Federação, um grupo de sindicatos que hoje apóiam a entidade de 2º grau, optou por ficar independente da FTIA/RS. Nem por isso foram hostilizados pela Direção da entidade, na época, ou pelas entidades filiadas por notas de repúdio ou por cartas com ameaças judiciais;
3º - Chega a ser risível que a FTIA/RS fale em democracia e atividades paralelas, quando ela está irmanada a uma entidade sem legitimidade legal dentro da estrutura sindical, que promove atividades paralelas a legítima entidade de 3º grau do ramo da alimentação do Brasil, e que vem trabalhando, sistematicamente, pela quebra da unicidade sindical, contrariando decisões democraticamente tomadas nos últimos congressos da categoria;
4º - É por respeito à história de mais de 60 anos da FTIA/RS, que vários dirigentes e entidades preferiram se afastar, para não compactuar com a quebra de valores que sempre nortearam a Federação ao longo dos anos, valores esses que deveriam ser lembrados por aqueles que hoje falam em interesses pessoais e vaidades e esquecem que foi por vaidades e interesses pessoais que constituíram entidades paralelas e que levaram a categoria da alimentação a essa disputa leviana.
A falta da palavra dada, a ameaça a integridade física de pessoas, o desrespeito a trabalhadores, a mentira e o engodo, por mais duras que tenham sido as disputas, são práticas inadmissíveis e injustificáveis para quem afirma que o processo foi tão democrático;
5º - A Federação deveria saber que a CNTA, como entidade legitimamente constituída, tem a prerrogativa de manter departamentos em qualquer parte do território brasileiro, devendo satisfação apenas a sua Direção e as suas entidades filiadas, por tanto, a afirmação de decisão unilateral é mais um absurdo cometido na tentativa de distorcer os fatos e induzir dirigentes e entidades sindicais a se colocarem contra a Confederação;
6º - Por fim, as entidades e dirigentes sindicais ligados a sala de apoio da CNTA, signatários desta carta, não buscaram formas ilegítimas e ilegais de se organizarem, usando como desculpa as nossas divergências, apenas usaram do legítimo direito que suas autonomias políticas lhes conferem para estarem ao lado de uma entidade que teve a grandeza e a generosidade de constituir um espaço, esse sim, verdadeiramente de portas abertas a todas as entidades sindicais de trabalhadores da região sul, porque jamais condicionou a ninguém vínculos políticos, de centrais, de correntes etc, apenas e tão somente um trabalho em prol da classe trabalhadora.
A atitude do presidente Arthur Bueno de Camargo e de sua diretoria é um exemplo de solidariedade e responsabilidade, que deveria ser exaltada e seguida por outras entidades, jamais repudiada, pelo menos não por aqueles que tendo consciência política de classe, sabem que as divergências podem nos levar a caminhos diferentes, nem por isso nos transformam em inimigos pessoais.
STIA ALEGRETE, STIA BAGÉ, STIA CAMAQUÃ, STIA ESTRELA, STI PANIFICAÇÃO, STIA PASSO FUNDO, STIA. PELOTAS, STIA SANTO ÂNGELO, STIA SÃO GABRIEL.


segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CNTA FAZ ENTREGA SIMBÓLICA DE PROJETO DE LEI EM AUDIÊNCIA NO SENADO!

   
  Realizada no dia de hoje, às 10:00 hs, audiência pública no Senado Federal  na Comissão de Direitos Humanos e Legislação, onde a  CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e afins, por intermédio do seu Presidente, Arthur Bueno de Camargo, fez a entrega simbólica ao Senador Paulo Paim de um projeto de Lei que estabelece normas regulamentadoras para o trabalho em indústrias frigoríficas.
Durante a audiência que contou com a presença do Senador Cristóvam Buarque, do Procurador do Trabalho Sandro Sardá, entre diveras autoridades e lideranças sindicais presentes, Arthur ressaltou a importância deste projeto para os trabalhadores de frigoríficos em geral, destacando pontos importantes como a redução da jornada de trabalho, regulamentação da velocidade das nórias entre outras, como forma de garantir que os trabalhadores possam produzir sem o comprometimento de sua integridade física e de sua saúde.
- Penso que desta forma, buscando integrar o movimento sindical com o parlamento, governo e seus órgãos como o INSS, o poder judiciário através da Justiça do Trabalho, Promotoria pública é que poderemos sensibilizar a classe empresarial para resolver os graves problemas de saúde que a atividade no setor de frigorífico vem causando a classe trabalhadora.
Nosso papel não é inviabilizar as empresas, mas garantir qualidade de vida para aqueles que trabalham em atividades penosas e insalubres. afirmou Arthur!

 

Projeto que reduz a jornada de trabalho nos frigoríficos e abatedouros no Brasil, de autoria da CNTA. Audiência Pública Hoje!

Indústria de alimentação - Audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) debate a situação do trabalhador na indústria de alimentação. Entre outros, participam do debate Remigio Todeschini, diretor do Departamento de Política na Saúde e Segurança Ocupacional do Ministério da Previdência Social; Junia Barreto, diretora do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego; Arthur de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação; Robson de Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI); Edmundo Klotz, presidente da Associação Brasileira da Indústria da Alimentação; e Gerardo Iglesias, presidente da União Internacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação. Logo após, a CDH vota, entre outros, projeto que inclui jovens de 15 a 17 anos em situação de morador de rua entre os beneficiários do Projovem Adolescente - Serviço Socioeducativo.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Levantamento da pesquisa TEIAS prossegue até esta sexta-feira em Bagé


O trabalho dos pesquisadores Paulo Albuquerque, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Francesco Settineri (Instituto Itapuy) para a obtenção de dados do projeto TEIAS (Traçando Estratégias Integradas de Ações em Saúde) em Bagé segue até este dia 3 de dezembro. O lançamento ocorrido na última quarta-feira na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé (STIA) reuniu funcionários de frigoríficos e especialistas em Saúde e Direito Previdenciário, além de lideranças sindicais.
Na oportunidade os responsáveis pela aplicação dos questionários explicaram a metodologia e a importância da pesquisa, além dos motivos de levar ao conhecimento dos trabalhadores a reflexão sobre o número de afastamentos do ambiente laboral. A intenção é obter ao menos 10% do total de trabalhadores de frigoríficos para o levantamento, entre ativos e inativos. Apenas no momento do lançamento do TEIAS em Bagé cerca de 25 questionários já foram aplicados. “A pesquisa quer mostrar as condições de trabalho e construir políticas públicas e sociais para que isso tenha influência na vida e na saúde das pessoas”, destaca Albuquerque.
O coordenador político da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação para o Rio Grande do Sul, Darci Rocha, enfatizou a necessidade do diagnóstico – uma parceria da CNTA/Sul, UFRGS, Instituto Itapuy e sindicatos de trabalhadores na alimentação – para melhorias nas negociações coletivas e demonstração à sociedade das condições laborais existentes. Rocha contou que já está na Câmara Federal o projeto de lei que reduz a jornada de trabalho em frigoríficos para 35 horas semanais. O projeto, de autoria do senador Paulo Paim, já foi aprovado no Senado Federal. O líder sindical apontou fatores como o assédio moral e o ritmo acelerado de produção como responsáveis pelo adoecimento dos trabalhadores no setor. “Ainda em fevereiro, de posse dos dados da pesquisa, voltaremos a Bagé e iremos promover uma Audiência Pública para apresentar a avaliação dos dados à comunidade”, ressalta Rocha.
O médico do STIA/Bagé, Ronaldo Carvalho, salientou a necessidade de não apenas levantar um diagnóstico sobre as condições de saúde dos funcionários dos frigoríficos mas o que pode ser feito com os dados em mãos. “Um trabalho como este pode trazer uma qualidade melhor de vida e trazer a convicção de que possa ser promovida alguma mudança”, frisa Carvalho. Vários trabalhadores acabaram necessitando de benefícios como Auxílio-Doença ou Auxílio-Acidente de Trabalho em 2010 devido à sobrecarga imposta pelas empresas. O que acaba influindo na área previdenciária. O advogado Luiz Mariano Niederauer, que irá prestar atendimento jurídico no setor previdenciário ao STIA/Bagé, ressaltou a importância do sindicato para que os cidadãos tenham uma orientação correta. Ele lembrou que muitas doenças não são reconhecidas pela Previdência Social, há demora na marcação de exames e o trabalhador acaba sendo empurrado da empresa para o INSS e vice-versa devido à burocracia. “Existem casos de pessoas com cortes ou com tendinites com dificuldade para realizar exames no tempo necessário”, pondera o advogado.
O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, destacou a importância de Bagé poder estar presente no projeto TEIAS, realizando um comparativo com o projeto ALERTA desenvolvido há três anos e cujos resultados demonstraram a necessidade de um cuidado maior com a saúde dos trabalhadores de frigoríficos. “Estarmos junto com Alegrete, São Gabriel e Pelotas nesta pesquisa nos possibilita a busca por melhores condições de trabalho no setor da alimentação e vamos apresentar estes dados no início de 2011 para a sociedade ter noção do que se passa com o trabalhador”, aponta Cabral.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Projeto TEIAS começa a ser realizado em BAGÉ

O projeto TEIAS (Traçando Estratégias Integradas de Ações em Saúde) será lançado em Bagé nesta quarta-feira, dia 1º de dezembro, a partir das 19h, na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, à Rua Melanie Granier, 157.  A iniciativa é uma parceria entre a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Alimentação (CNTA), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Instituto Itapuy, com participação dos sindicatos da categoria em quatro municípios - Bagé, Alegrete, Pelotas e São Gabriel. Serão entrevistados 220 trabalhadores para comparar as atuais condições de saúde dos funcionários em relação aos dados diagnosticados no Projeto Alerta ((Atenção às Lesões por Esforço Repetitivo dos Trabalhadores da Alimentação), realizado em 2005 e 2006. O trabalho dos pesquisadores Paulo Albuquerque (UFRGS) e Francisco Settineri (Instituto Itapuy) em Bagé vai ocorrer entre 1º e 3 de dezembro. Os trabalhadores que irão responder a avaliação serão ouvidos na própria residência. Serão entrevistados funcionários de frigoríficos que estão na ativa como os afastados por acidente de trabalho ou que estejam em auxílio-doença, com suporte do STIA/Bagé