quarta-feira, 20 de junho de 2012

Negociações sobre Acordo Coletivo entre STIA e Marfrig não avançam


Sindicalistas relatam intranquilidade da categoria com rumos da negociação

          O encontro realizado nesta terça-feira (19 de junho) em Porto Alegre, na sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins – Sul (CNTA-Sul) não resultou em avanços pela negociação do Acordo Coletivo para os trabalhadores do Marfrig Group. Representantes dos sindicatos de trabalhadores nas indústrias da alimentação de Bagé, São Gabriel e Pelotas estiveram reunidos com diretores da empresa. Mais uma vez os sindicalistas saíram frustrados da reunião. A indústria frigorífica ofereceu 7% de reajuste salarial, enquanto os sindicatos querem o mesmo percentual concedido ao piso mínimo regional no Rio Grande do Sul – 14,75%.
          De acordo com o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, além da proposta de reajuste abaixo da expectativa, a empresa quer retirar diminuir índices relativos a horas-extras, pagamento do adicional noturno e aviso prévio proporcional. Outro problema, conforme Cabral, é que o Marfrig quer aumentar a jornada de trabalho de segunda a sábado – sendo que hoje vai até sexta-feira. “Há um projeto tramitando no Congresso Nacional para diminuir a jornada de 44 horas semanais para 36 horas semanais em frigoríficos, devido à condição desgastante e estressante a qual os trabalhadores são submetidos e agora a empresa vem e quer ir na contramão do que apontam as pesquisas na área de saúde e ainda estender a jornada”, ressalta Cabral.
          As lideranças sindicais presentes ao encontro alegam que outras categorias de trabalhadores no Estado obtiveram reajustes superiores a 15%¨. Cabral revela que a direção do Sindicato tem conversado com os trabalhadores, que demonstram intranquilidade com a indefinição do Acordo Coletivo. A data base da categoria é 1º de junho. “O pessoal recebe o reajuste de ano em ano. Mas os alimentos que eles ajudam a produzir não são tabelados, aumentam quase todos os meses. Os trabalhadores tem família para sustentar e merecem uma valorização”, reforça Cabral.
Segundo encontro entre sindicalistas e Marfrig em Porto Alegre não apresentou avanços visando ao Acordo Coletivo - crédito: CNTA/Sul
 
          Um novo encontro entre representantes dos sindicatos e do Marfrig Group foi agendado para 29 de junho, também em Porto Alegre.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

STIA tem nova rodada de negociações com Marfrig Group em Porto Alegre nesta terça-feira


        Neste dia 19 de junho, a partir das 10h, na sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins – Sul (CNTA/Sul), em Porto Alegre, ocorre o segundo encontro entre sindicatos de trabalhadores na alimentação de Bagé, Pelotas, São Gabriel e Alegrete com a direção do Marfrig Group. O objetivo é deliberar sobre a negociação visando ao Acordo Coletivo de Trabalho dos trabalhadores do Marfrig, cuja data-base é 1º de junho. Diretores do STIA/Bagé e representantes da classe dos trabalhadores dentro dos frigoríficos de Bagé e Hulha Negra estarão presentes ao encontro.
              A expectativa é de que os resultados da primeira reunião, considerada frustrante pelos sindicalistas, possa apresentar algum avanço na questão salarial e de conquistas para os trabalhadores dos frigoríficos nos municípios da região. No primeiro encontro os sindicatos apresentaram uma pauta com propostas mais "enxutas", indicando os principais itens de reivindicação. “Esperamos que nesta segunda rodada de negociações a empresa possa apresentar aos trabalhadores uma proposta mais consistentes e que valorize a categoria”, ressalta o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral.

STIA tem primeira reunião com sindicato patronal sobre proposta de Acordo para setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos


Nova rodada de negociações está marcada para dia 27 de junho

            Na última sexta-feira, dia 15 de junho, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (STIA) de Bagé e Região e o sindicato patronal realizaram a primeira rodada de negociações sobre o Acordo Coletivo de Trabalho para o setor de padarias, engenhos de arroz, indústria de laticínios e pequenos frigoríficos. O encontro ocorreu na sede do STIA.
            Os representantes dos trabalhadores reforçaram a pauta reivindicatória da categoria. Entre os principais itens está o pedido de um reajuste salarial de 14,75¨% (mesmo índice do Piso Mínimo Regional). O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, explica que houve uma contraproposta da classe patronal: reajuste de 6% (4,86% de reposição da inflação mais 1,14% de aumento real), além de um Piso Salarial de R$ 700,00 para a categoria. “Esta proposta ficou muito aquém do pedido dos trabalhadores. Esperamos que no próximo encontro possa haver alguns avanços”, salienta Cabral. No dia 27 de junho ambas as partes de negociação voltam a se reunir, também na sede do Sindicato, para uma nova rodada visando ao Acordo Coletivo. A data-base da categoria é 1º de junho.

Primeira reunião teve a apresentação da pauta e a contraproposta patronal

´Próxima rodada de negociações está marcada para 27 de junho


terça-feira, 5 de junho de 2012

Primeira reunião de negociação sobre acordo coletivo com Marfrig frustra sindicalistas

          Na terça-feira, 4 de junho, ocorreu a primeira reunião de negociação entre os sindicatos de trabalhadores nas indústrias da alimentação de Bagé, Pelotas e São Gabriel com representantes do Marfrig Group. A meta foi debater a pauta de reivindicações da categoria visando ao Acordo Coletivo 2012/2013. O encontro ocorreu na sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins – Sul (CNTA-Sul) em Porto Alegre. Representaram o sindicato de Bagé o presidente, Luiz Carlos Cabral, o vice-presidente Cláudio Gonçalves, e os representantes sindicais nos frigoríficos Marfrig Pampeano, Nilson Barres Costa, e no Marfrig Bagé Paulo Roberto Costa da Silva.
         Os sindicalistas demonstram frustração com o resultado da primeira reunião. Apesar de a primeira etapa de negociações ser utilizada mais para troca de informações entre as classes de trabalhadores e patronal, os resultados ficaram aquém do esperado. “Viajamos 400 quilômetros e voltamos para casa frustrados porque tínhamos a expectativa de uma proposta mais consistente, principalmente envolvendo a questão salarial”, destaca o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral.
         A indignação, conforme o presidente, é maior porque os grandes grupos frigoríficos recebem incentivos fiscais de governos estadual e federal para seu funcionamento. Mas na hora de valorizar o trabalhador com a reposição salarial e cláusulas para a garantia de seus direitos isso não acaba ocorrendo. “Na hora de reajustar salários, que é só uma vez por ano, o Marfrig não apresenta sequer uma proposta de reposição salarial e ainda quer retirar cláusulas conquistadas pelos trabalhadores ao longo dos últimos anos”, revela Cabral.
         No dia 19 de junho, às 10h, em Porto Alegre, na sala de apoio da CNTA/Sul está previsto um novo encontro entre as partes para tentar viabilizar uma proposta para o Acordo Coletivo. “Esperamos que a empresa seja um pouco mais sensível em relação aos trabalhadores, já que a nossa proposta foi retirada de uma assembléia”, salienta. Também participaram da primeira reunião de negociação em Porto Alegre o coordenador político da CNTA, Darci Pires da Rocha, juntamente com Rui Mendonça, Orlando de Oliveira e Wilian Ricce, representantes empresariais.
Para o vice-presidente do STIA/Bagé, Claudio Gonçaves, a reunião foi um pouco frustrante, já que a patronal tocou nos pontos de pauta de maneira muito genérica, evitando apresentar pontos específicos de negociação.
Padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos
          Em relação à negociação do Acordo Coletivo para o setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos, Cabral informa que ainda não foi agendada uma reunião de negociação devido à agenda do sindicato patronal. A expectativa é de que no máximo até a próxima semana seja realizado o primeiro encontro para debater a pauta de reivindicações dos trabalhadores, retirada na assembléia do dia 14 de abril.