sábado, 24 de agosto de 2013

Avançam negociações do setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos


Apesar disso, acordo entre sindicatos de trabalhadores e patronal ainda não foi estabelecido



Fotos: Zilmar Gazzo
        Neste dia 23 ocorreu mais um encontro entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) e o sindicato patronal da categoria para tratar sobre o Acordo Coletivo para o setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos. Houve uma pequena evolução nas negociações, mas não o suficiente para as partes firmarem um acerto. 
      Para tentar evoluir nas negociações, o STIA alterou a proposta. O índice de reajuste, que era de 9,5%, passou para 9,16%. Já o piso da categoria. de R$ 880,00, teve a proposta de R$ 860,00. "Este é o limite que podemos chegar nestes dois itens, enfatiza o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral.  “Embora tenhamos avançado um pouco, os índices estão abaixo de outros acordos do setor realizados no estado. Os trabalhadores aguardam um reconhecimento maior  por parte das empresas, já que estão há mais de 15 meses sem reajuste em seus salários”, ressalta Cabral. O líder sindical aponta que neste período as empresas tiveram incentivos do governo, como redução no valor de pagamento da energia elétrica, desoneração da folha de pagamento do INSS e redução de impostos sobre a cesta básica.
        A pauta de reivindicações ainda precisa evoluir em outros itens, conforme o presidente. Entre eles estão o pagamento de quinquênio, bem como o salário dos profissionais dos engenhos - como mecânicos, eletricistas, foguistas, secadoristas, munileiros e laboratoristas. 
        Um novo encontro não foi marcado entre as partes, mas a expectativa é que uma nova data seja definida na próxima semana. 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Negociações não avançam para acordo coletivo do setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos

       
Diretores dos dois sindicatos tem novo encontro agendado para o dia 21 de agosto


        Depois de cinco encontros, ainda não foi fechado o Acordo Coletivo do Trabalho entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) com o sindicato patronal para o setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos. As negociações estão emperradas, com os trabalhadores em busca de um reajuste salarial de 9,5% e um Piso Normativo no valor de R$ 880,00. O Sindicato das Indústrias de Alimentação oferece reajuste de 8.65% e um Piso Normativo de R$ 820,00. “Os valores estão abaixo de outros acordos do setor realizados no estado”, pondera o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral.
        Outros itens reivindicados pela categoria são referentes ao transporte gratuito dos trabalhadores  e o pagamento de qüinqüênio salário dos profissionais dos engenhos - como mecânicos, eletricistas, foguistas, secadoristas, munileiros e laboratoristas. “Os salários estão defasados, o poder de compra diminuiu e os trabalhadores estão inquietos”, sustenta Cabral. Uma nova rodada de negociações está marcada para o dia 21 de agosto, quando as partes voltam a se reunir em busca do acordo.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Trabalhadores do Marfrig aceitam proposta de reajuste mediada pela Justiça do Trabalho

       

        Na manhã deste dia 7 o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região realizou uma assembléia na porta da fábrica do Marfrig Group em Bagé. Centenas de trabalhadores participaram da atividade. Na ocasião, foi apresentada a proposta encaminhada pela presidente em exercício da seção de Dissídios Coletivos do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, desembargadora Rosane Serafini Casanova, na audiência realizada em Porto Alegre no último dia 5. 
        Os trabalhadores aprovaram a proposta referente à unidade de Bagé, que prevê um reajuste salarial de 8,65%, Piso Normativo no valor de R$ 860,00, piso para as funções de faqueiro, magarefe e desossador de R$ 916,00 – o que representa um reajuste de 9,16%. “Isso é uma vitória dos trabalhadores. A empresa sempre disse que não poderia oferecer mais que 7,5%. Conseguimos chegar próximo do que a categoria queria, que era 9,15¨% de reajuste do piso”, pondera o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Cabral. Também foram aprovadas a manutenção das demais cláusulas e a vinculação do piso da categoria ao piso mínimo regional, 
        Assim como ocorrera pela manhã no frigorífico Marfrig em Bagé, os trabalhadores do Pampeano/Marfrig em Hulha Negra aceitaram a proposta de reposição salarial mediada pela Justiça do Trabalho. Uma assembléia foi realizada no portão da fábrica, onde diretores do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região apresentaram a proposta. Os trabalhadores aprovaram um reajuste de 8,65%, além de um Piso Normativo no valor de R$ 829,50, além da manutenção das demais cláusulas. "Não é o acordo que gostaríamos, mas dentro daquilo que foi proposto podemos avaliar como positivo", enfatiza Cabral.
      O presidente destaca uma conquista importante em relação ao piso da categoria no Pampeano, onde o índice ficou em 12,95%. "Um fator importante foi a manutenção de conquistas que tínhamos adquirido ao longo dos últimos anos e que a empresa queria retirar do acordo", ressalta Cabral. A negociação para o acordo durou quase três meses. A data-base da categoria é 1º de junho.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

STIA/Bagé fará assembléia nos portões das empresas para avaliação de contraproposta do Marfrig

Novo encontro no Tribunal Regional do Trabalho em Porto Alegre não teve evoluções na discussão entre trabalhadores e empresa

A realização de uma nova reunião entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) e do Marfrig Group na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região em Porto Alegre não apresentou novidades. Embora a empresa tenha apresentado uma nova proposta, o Sindicato irá deixar que os empregados nas plantas frigoríficas em Bagé e Hulha Negra decidam quais os rumos que a negociação deverá tomar. O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, salienta que deseja a participação do TRT na mediação da negociação. "Já que o Marfrig ajuizou um Dissídio Coletivo de Greve, sendo que a categoria não paralisou em momento algum, apenas definiu um indicativo de greve, que a Justiça do Trabalho permaneça acompanhando os fatos", declara.
As assembleias ainda não tem data marcada. A única decisão é que a apreciação dos funcionários será realizada na porta da fábrica das unidades frigoríficas nos dois municípios. "Vamos encaminhar as assembleias ainda esta semana, para saber se os trabalhadores querem o andamento da negociação, se é possível ter um diálogo maior com a empresa ou se optam pela paralisação das atividades", enfatiza Cabral. O Sindicato mantém a posição de que as cláusulas econômicas do Acordo Coletivo precisam melhorar, já que os empregados demonstram descontentamento com as propostas de reajuste salarial apontadas pela empresa até o momento. "O Marfrig adotou uma conduta de intimidação dos trabalhadores em Bagé e Hulha Negra com o ajuizamento de Dissídio Coletivo de Greve, alegando que teria ocorrido prejuízo à empresa, mas quando chegamos ao TRT a presidente da Seção de Dissídios Coletivos, desembargadora Rosane Serafini Casanova, se manifestou contrária à posição da empresa, já que houve apenas o indicativo de greve e não uma paralisação", reforça Cabral. 
O presidente reitera que todas as medidas tomadas pelo Sindicato estão dentro da legalidade. Caso os trabalhadores decidam pela greve, a entidade irá tomar as providências para a garantia desse direito aos trabalhadores. 

sábado, 3 de agosto de 2013

Dinheiro público para JBS

Empréstimos de R$ 10 bi do BNDES motivam medida cautelar e questionamentos no Congresso

Fonte: Correio do Povo - 3 de agosto de 2013


Patrocinado com dinheiro público subsidiado vindo do BNDES, o crescimento do grupo JBS levanta a cada dia mais suspeitas com dimensões proporcionais ao seu gigantismo. Um desafeto do frigorífico, o grupo Bertin, ingressou com medida cautelar contra a holding J&F, que abriga do JBS, controlado pela família do empresário Joesley Batista, irmão de José Batista Júnior, o Júnior do Friboi, especulado como pré-candidato pelo PMDB ao governo de Goiás.
A imprensa de São Paulo define a ção contra o grupo JBS como "guerra". O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou em abril a incorporação do Bertin pelo JBS. O Bertin, dos setores de alimentos e energia, entre outros, e a J&F, eram sócios no JBS. No processo há acusações que vazaram em diversos jornais, de desvios de cotas de fundos e falsificação de assinaturas. As supostas fraudes teriam trazido à família Bertin prejuízo de R$ 2,5 bilhões.
Outro escândalo, do começo do ano e que ganhou destaque na imprensa mundial, foi a confirmação, pela Nestlé, na Europa, da presença de mais de 1%¨de DNA de carne de cavalo em produtos fornecidos pela subsidiária da JBS na Bélgica, JBS Toledo. Não bastassem todos esses problemas, o grupo é cliente privilegiado do BNDES, de onde recebe recursos para comprar os seus concorrentes.
No ano passado, o líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), chegou a falzer um requerimento convocando o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para "esclarecer a colocação de R$ 10 bilhões no JBS, que já comprou até um banco".
O favorecimento continuado ao grupo é visto como impressionante. Ao engolir seus concorrentes, o frigorífico em nada beneficiaria a economia. Ao contrário, somente trouxe maior concentração, monopólio no setor de carnes. Em 2009, o BNDESPar emprestou cerca de R$ 3,48 bilhões ao frigorífico, por meio da compra de dívidas (debêntures), para a aquisição da Pilgrim Prade (Estados Unidos). Antes, em 2005, emprestou R$ 80 milhões para o JBS Friboi adquirir o frigorífico Swift-Armour (Argentina). Em 2006, o valor de R$ 1,46 bilhão foi autorizado para a compra da Swift & Co. (EUA). Em 2007, mais R$ 2,5 bilhões no Bertin, grupo incorporado do JBS em 2009, cuja autorização foi feita em abril de 2013. 
O jornal britânico Financial Times noticiou que o fundo Oppenheimer (EUA) abriu um processo em São Paulo contra o JBS porque o grupo arrendou os ativos da Doux Frangosul, produtora de frangos (França), e declarou agora não ter como pagar uma dívida de 60 milhões de dólares que tem com o fundo.