terça-feira, 31 de março de 2015

Cancelado encontro de negociação entre Marfrig e sindicatos

      A quarta rodada de negociações entre o Marfrig Group e representantes dos sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel, que seria realizado neste dia 31 de março, acabou não ocorrendo.
      Em contato telefônico com o coordenador da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins - Sul (CNTA-Sul), Darci Rocha, representantes da empresa informaram que manteriam a proposta apresentada no encontro anterior. Com base na informação, a rodada de negociações, que estava marcada para ocorrer em São Gabriel, foi cancelada.
      Agora as negociações ficam em compasso de espera, já que não há uma nova data definida pelo Marfrig e pelos sindicatos para uma nova reunião.
      A empresa realizou uma proposta de reposição salarial de 4.13% mais 0,6% de aumento real. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. Os sindicatos destacam que o parâmetro de negociação dos trabalhadores é o índice do Piso Mínimo Regional - que o Tribunal de Justiça do Estado julgou procedente o reajuste de 16%¨aprovado pela Assembléia Legislativa e que aguardava julgamento do mérito, o que ocorreu no último dia 23 de março. Os sindicatos também propõem um Salário Normativo de R$ 1.200,00, um Salário Profissional (Magarefe, Desossador e Faqueiros) no valo de R$ 1.280,00 e a manutenção das demais cláusulas.

Marfrig compra unidades do Frigorífico Mercosul

Valor da transação será de 418 milhões de reais a serem pagos em nove anos, com carência de três anos

A empresa de alimentos Marfrig disse nesta segunda-feira que concluiu negociação para comprar plantas industriais do Frigorífico Mercosul que estavam arrendadas desde novembro de 2009.

O valor da transação será de 418 milhões de reais a serem pagos em nove anos, com carência de três anos.

As unidades estão localizadas em Capão do Leão (RS), Mato Leitão (RS), Pirenópolis (GO), Tucumã (PA), Nova Londrina (PR) e Alegrete (RS).

Fonte: Agência Reuters - publicada no site da Revista Exame em 30 de março de 2015.

sexta-feira, 27 de março de 2015

recado entendido pelos frigoríficos

Interdição temporária de uma das maiores unidades no Rio Grande do Sul deverá servir como efeito corretivo ao setor

Fonte: coluna de Joana Colussi, jornal Zero Hora - 27 de março de 2015

Após seis dias interditado, o Frigorífico Silva, de Santa Maria, foi liberado nesta quinta-feira pela fiscalização a retomar as atividades a partir desta sexta-feira. Conforme o Ministério Público do Trabalho (MPT), a indústria fez as adequações nas máquinas que ofereciam risco grave aos trabalhadores. Quanto ao processo produtivo, ou seja, o ritmo das atividades, o frigorífico comprometeu-se em reduzir de 690 para 580 o número de abates diários.

– O trabalho é todo manual, onde o limite humano deve ser respeitado – destaca o procurador do Trabalho Ricardo Garcia.

Leia todas as últimas notícias de Zero Hora

A interdição temporária de um dos maiores frigoríficos bovinos do Rio Grande do Sul, com mais de 700 trabalhadores, deverá servir como efeito corretivo ao setor – um dos ramos de grande peso na economia gaúcha e o terceiro maior exportador. Presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs), Ronei Lauxen, admite que todas as plantas frigoríficas necessitam de adequações.

– As empresas precisam se adaptar, mas isso não se faz da noite para o dia – disse Lauxen, após participar de reunião quinta-feira com a cadeia produtiva em Porto Alegre.

A alegação da indústria é de que as adequações exigem investimentos em um momento de retração da economia e ociosidade de 30% das linhas de produção. Pelo que se viu em Santa Maria, no entanto, o custo para adequar-se parece ser bem menor do que as multas aplicadas.

– A planta fez as adaptações nas máquinas em seis dias, gastando pouco mais de R$ 5 mil, com soluções caseiras – conta o procurador do Trabalho.

O que se espera, com o aperto na fiscalização de frigoríficos, é de que as empresas se adaptem às normas estabelecidas para proteger a saúde de trabalhadores diariamente expostos a extremo esforço físico em ambiente frio e úmido.

– Se todos os frigoríficos tiverem entendido o recado, na próxima força-tarefa iremos tomar cafezinho – conclui Garcia, que coordena a operação com auditores do Ministério do Trabalho e Emprego.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Joana Colussi: indústria de carne acuada por fiscalização

Representantes da indústria e de produtores irão discutir nesta quinta-feira ações para proteger o setor


FONTE: JORNAL ZERO HORA - 26 DE MARÇO DE 2015
Joana Colussi: indústria de carne acuada por fiscalização Daniel Marenco/Agencia RBS

      Em reunião nesta quinta-feira em Porto Alegre, representantes da indústria e de produtores irão discutir ações para proteger o setorFoto: Daniel Marenco / Agencia RBS
Assustados com a interdição do Frigorífico Silva, um dos maiores abatedouros de bovinos do Rio Grande do Sul, representantes da cadeia produtiva se mobilizam para não deixar o setor cair em uma crise maior – à medida que a fiscalização chegar a outras indústrias de carne. O temor é compreensível, já que a força-tarefa do Ministério Público do Trabalho e do Ministério do Trabalho e Emprego fechou as portas, mesmo que temporariamente, de uma das empresas mais tradicionais do setor no Estado.
– Se um frigorífico do porte do Silva foi interditado temos de avaliar o que fazer para evitar que outras operações inviabilizem a nossa atividade. É uma questão que nos assusta, não há como negar – admite Ronei Lauxen, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados (Sicadergs).
      Em reunião nesta quinta-feira em Porto Alegre, convocada pela entidade, representantes da indústria e de produtores irão discutir ações para proteger o setor. A fiscalização que interditou o Frigorífico Silva, de Santa Maria, foi a primeira de uma série que será cumprida ao longo do ano em frigoríficos de bovinos e de suínos para verificar as condições de trabalho. No ano passado, com o alvo nas indústrias de aves, as vistorias interditaram temporariamente seis unidades de importantes empresas.
– A atividade dos frigoríficos é o segundo setor que mais causa acidentes de trabalho e adoecimento no Estado, atrás apenas da área hospitalar — alerta o auditor-fiscal do Trabalho Mauro Marques Müller, coordenador estadual do Projeto Frigoríficos, força-tarefa executada desde janeiro de 2014.
Conforme Müller, as irregularidades mais comuns vão do ritmo excessivo de trabalho, passando por máquinas sem proteção, movimentação manual de cargas maléficas à saúde até jornada de trabalho prolongada.
     Com mais de 300 indústrias de carne bovina, que abatem em média 8 mil animais por dia, o Rio Grande do Sul tem no setor a geração de mais de 10 mil empregos. A preocupação, sem dúvida, é mais do que justificável neste momento.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Sindicatos e Marfrig não chegam a acordo e nova reunião de negociação do Dissídio é marcada para dia 31

Marfrig apresentou proposta que foi rejeitada pelos sindicatos de trabalhadores na alimentação

     A terceira reunião de negociação do Dissidio Coletivo entre representantes dos sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé, São Gabriel, Pelotas com representantes do Marfrig Group não apresentou evolução. A empresa realizou uma proposta de reposição salarial de 4.13% mais 0,6% de aumento real. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. Representaram o Sindicato de Bagé no encontro o presidente, Luiz Carlos Cabral, o vice-presidente, Cláudio Gomes Gonçalves, além dos diretores Eduardo Abs da Cruz Netto Costa, Marcos Barcellos Barbosa Vivian As negociações tiveram a participação também do coordenador da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - Sul (CNTA-Sul), Darci Pires da Rocha.
     A proposta ficou aquém do pretendido pelos trabalhadores. Os sindicatos informaram aos representantes do Marfrig que no último dia 23 o Tribunal de Justiça do Estado julgou procedente o reajuste de 16% para o Piso Salarial Regional e desta maneira, foi rejeitada a proposta da empresa. O parâmetro de negociação dos representantes dos trabalhadores é o mesmo índice do Piso Regional.  
      Os representantes alegaram desconhecer a decisão e que o assunto deveria ser discutido com a administração do Marfrig. Uma nova rodada de negociações foi agendada para o dia 31 de março, novamente em São Gabriel. 

segunda-feira, 23 de março de 2015

STIA/Bagé participa de terceiro encontro de negociação com Marfrig em São Gabriel

Depois de dois encontros em Porto Alegre, representantes do Marfrig e sindicatos reúnem-se em São Gabriel visando avanço nas negociações

       Quatro integrantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) participam neste dia 24 de março da terceira rodada de negociações com o Marfrig Group. A reunião está marcada para acontecer no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de São Gabriel. Representam Bagé no encontro o presidente, Luiz Carlos Cabral, o vice-presidente, Cláudio Gomes Gonçalves, além dos diretores Eduardo Abs da Cruz Netto Costa, Marcos Barcellos Barbosa Vivian. Também participam representantes sindicais de Alegrete e Pelotas, com a presença do coordenador da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - Sul (CNTA-Sul), Darci Pires da Rocha.
      Os dois primeiros encontros não apresentaram avanços. A empresa alegou dificuldades e manteve a mesma proposta da reunião anterior, que seria um reajuste pelo índice da inflação de 4.13%, apurada no período de junho de 2014 a janeiro de 2015. Já os sindicatos mantiveram a proposta dos trabalhadores de um reajuste salarial de 16%, um Salário Normativo de R$ 1.200,00, um Salário Profissional (Magarefe, Desossador e Faqueiros) no valo de R$ 1.280,00 e a manutenção das demais cláusulas. 
      "Grande parte do que é produzido nas unidades de Bagé e Hulha Negra do Marfrig é vendida em dólar. Entre setembro e outubro de 2014, a cotação estava em R$ 2,20 e hoje está perto de R$ 3,50. Acreditamos que é o momento de valorizar os trabalhadores", ressalta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, Luiz Carlos Cabral. 

terça-feira, 17 de março de 2015

Bagé tem duas equipes campeãs no V Torneio Integração de sindicatos da Alimentação

Equipe campeã no Futebol Sete

Equipe campeã Futsal Livre

Equipe Futsal Máster - 4º lugar

      As equipes que representaram o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé tiveram excelente desempenho no V Torneio Integração - 2015, competição que reúne sindicatos de trabalhadores na Alimentação de oito municípios. O Torneio foi realizado no último dia 15 em São Gabriel. Duas equipes de Bagé saíram campeãs.
      No Futebol Sete, a equipe do STIA/Bagé sagrou-se campeã, vencendo três partidas de cinco. Na final, ganhou do sindicato de Dom Pedrito nos pênaltis. Já no Futsal Livre, a equipe de Bagé saiu campeã, também nos pênaltis, contra a equipe de Alegrete, após cinco partidas. No Futsal Máster, a equipe de Bagé ficou em quarto lugar, onde o campeão foi o sindicato de São Gabriel. No Futebol Sete a equipe da Rainha da Fronteira foi premiada na categoria de equipe menos vazada. 
      O evento realizado em uma parceria entre a CNTA - Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins e seus sindicatos filiados teve ainda o lançamento da campanha salarial 2015 do setor da alimentação. Este ano, o tema é "Salário Forte fortalece a economia".

terça-feira, 3 de março de 2015

Trabalhadores de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos aguardam desfecho sobre negociação coletiva há sete meses


Intransigência de sindicato patronal sobre questões referentes a direitos da categoria não permitem acordo
Após vários encontros os dirigentes sindicais não chegaram a acordo e trabalhadores aguardam audiência de dissídio em Porto Alegre

      As negociações para o acordo coletivo referente aos trabalhadores dos setores de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos estão paralisadas. A data-base da categoria é 1º de junho. Entretanto, após várias reuniões de negociação, as tentativas de acordo entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) e o Sindicato Patronal não avançaram. Com isso, o STIA/Bagé ajuizou pedido de Dissídio Coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região em Porto Alegre, algo que não acontecia desde 1989. Só que até agora o TRT não marcou a audiência de conciliação, situação que deixa os trabalhadores apreensivos.       
      O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, classifica a situação como preocupante. O grande problema está na decisão do sindicato patronal de não abrir mão de três itens que são considerados como conquistas históricas da categoria. As empresas querem a desvinculação do piso normativo ao piso mínimo regional de salários, a instituição de banco de horas e a flexibilização e/ou compensação do trabalho em domingos e feriados para outros dias da semana. Essas questões foram discutidas e rejeitadas pelos trabalhadores. 
      “Essa intransigência do sindicato patronal é prejudicial a todos os trabalhadores. Não se pode privilegiar um interesse muito mais particular do que coletivo nessas situações, onde centenas de trabalhadores estão à espera de uma notícia sobre as cláusulas do dissídio e a reposição salarial", salienta Cabral. 
      O líder sindical reforça que houve categorias profissionais no Rio Grande do Sul que tiveram índice de aumento real em 2014 entre 4% a 5%, mas em Bagé é uma dificuldade. como se fosse o salário do trabalhador que colocasse o futuro das empresas em risco. "Os empresários esquecem que o trabalhador faz o dinheiro circular na economia, gastando o dinheiro que recebem nas próprias empresas do setor de alimentação. O trabalhador não tem poder de barganha junto a bancos e outros prestadores de serviços”, enfatiza o presidente.