terça-feira, 28 de julho de 2015

STIA/Bagé irá solicitar ao Ministério do Trabalho realização de força-tarefa em padarias, engenhos, indústrias de laticínios e pequenos frigoriíficos







      A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região esteve reunida na noite deste dia 27 para deliberar sobre os temas de interesse das categorias abrangidas pela entidade. Participaram do encontro também o coordenador da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins (CNTA) para o Rio Grande do Sul, Darci Rocha, e o responsável pelo Departamento Jurídico do STIA/Bagé, Álvaro Meira. Uma das pautas foi a situação dos dissídios envolvendo os setores de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos. O sindicato decidiu que irá solicitar a realização de uma força-tarefa junto ao Ministério do Trabalho para inspecionar as empresas devido ao número de trabalhadores que se afastam por doenças relacionadas ao ambiente de trabalho. Em maio de 2015 uma força-tarefa composta pelo MTE e Ministério Público do Trabalho, com apoio da CNTA e sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação resultou na interdição da planta frigorífica do Marfrig em Bagé.
      A situação se arrasta sem resolução desde 2014 - o sindicato ajuizou o dissídio junto ao Tribunal Regional do Trabalho em Porto Alegre. Até o momento, a decisão ainda não ocorreu. a campanha salarial 2015/2016 não apresenta evolução, o que angustia os trabalhadores. Mas o principal motivo da solicitação de uma nova força-tarefa, agora para padarias, engenhos, indústria de laticínios e pequenos frigoríficos, é o crescimento de casos de afastamento de trabalhadores. Conforme a diretoria do sindicato, até registro de mortes ocorreram. "Não podemos é deixar sob risco qualquer situação que envolva a segurança e saúde dos trabalhadores", ressalta Rocha.
      "Queremos que essa força-tarefa seja composta este ano, tendo em vista o número de trabalhadores que têm procurado o sindicato e relatado uma série de problemas relativos a doenças ocupacionais", frisa o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Trabalhadores de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos rejeitam proposta patronal



      Reunidos em assembleia na noite do último dia 23 na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, os empregados nos setores de padarias, engenhos de arroz, laticínios, pequenos Frigoríficos e outros,  decidiram por unanimidade rejeitar a proposta apresentada pelo sindicato patronal. A data base das categorias é 1º de junho.
      Após um debate amplo a respeito da proposta encaminhada pelo setor empresarial, os trabalhadores retiraram uma contraproposta. que será apresentada ao sindicato patronal na próxima reunião de negociação. O encontro está marcado para o dia 29 de julho, às 17 horas. 

Ritmo acelerado na obra da subsede do STIA em Hulha Negra

Expectativa é de que obra da primeira etapa esteja concluída no início de 2016
Trabalho apresenta avanços a cada dia

      Em uma das primeiras atividades no retorno ao comando do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, o presidente Luiz Carlos Cabral, acompanhado de integrantes da diretoria foram vistoriar a obra da subsede própria do sindicato, que está sendo construída em Hulha Negra. O local,  na Rua Laudelino da Costa Medeiros, 1279, área central do município, conta com avanços a cada dia na sua estrutura.
      O trabalho, que iniciou em março, prevê duas etapas. Na primeira, serão construídos uma sala de espera, consultórios médico e odontológico, sala de reuniões, além de cozinha e banheiros. Em uma segunda etapa será erguido um salão de eventos, depósito e outras dependências para proporcionar conforto no atendimento aos associados. Quando toda a obra for finalizada, a área de edificação será de 663,61 metros quadrados. O avanço da obra desperta atenção na comunidade hulhanegrense, já que o número de trabalhadores do município no setor de alimentação é expressivo.
      “Estamos satisfeitos com o andamento da obra e esperamos entregar a nova subsede aos trabalhadores no menos espaço de tempo possível”, ressalta Cabral. A atual subsede do STIA em Hulha Negra segue com atendimento ao público normal, na avenida Getúlio Vargas. 

quarta-feira, 22 de julho de 2015

STIA realiza assembleia com trabalhadores de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos

Expectativa é de que trabalhadores lotem salão do Sindicato no encontro

      Neste dia 23, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região realiza uma nova assembleia com trabalhadores de padarias, engenhos, indústria de laticínios e pequenos frigoríficos. A data-base da categoria é 1º de junho.  O encontro está marcado para este dia 23, a partir das 19h, na sede do sindicato – na Rua Melanie Granier, 157. O objetivo da assembleia é avaliar a proposta encaminhada pelo sindicato patronal referente à  campanha salarial 2015/2016.
      "Vamos analisar a última proposta das empresas e aproveitar para repassar informações aos trabalhadores sobre o ajuizamento da ação referente ao dissídio de 2014/2015, que está tramitando no Tribunal Regional do Trabalho em Porto Alegre", destaca o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral. Dependendo das deliberações em assembleia, poderá ser encaminhada uma contraproposta ao sindicato patronal.
      Já houve um encontro entre os dois sindicatos em junho, mas não houve avanços nas negociações. A representação patronal encaminhou uma nova proposta, que será debatida na assembleia desta quinta-feira. Entretanto, os representantes do STIA demonstram frustração com as demais propostas do sindicato patronal. Entre elas estão a desvinculação do Salário Normativo da categoria do Piso Mínimo Regional, o não pagamento das horas-extras trabalhadas aos domingos, feriados e dias compensados, dando folga em outro dia da semana a livre escolha do patrão e a criação do Banco de Horas, que em outras oportunidades já foi rejeitada pelos trabalhadores. Além disso, as empresas querem a retirada do auxílio escolar fornecido aos seus empregados.
Retorno
      Cabral retornou à presidência do Sindicato recentemente. O presidente ficou afastado por 45 dias para recuperação de uma cirurgia no ombro. Durante esse período, o vice-presidente do sindicato, Cláudio Gomes Gonçalves, exerceu interinamente o posto máximo. “É uma alegria poder retornar ao convívio direto com os trabalhadores e com a diretoria”, pondera. 

terça-feira, 14 de julho de 2015

Cerest entrega relatório de análises sobre saúde do trabalho no frigorígico Marfrig, de Bagé



Documento, entregue na última semana, aponta deficiências do ambulatório e programa de conservação auditiva (PCA)

     O Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) Macrosul entregou, na última semana, ao Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pelotas, relatório sobre a estrutura de saúde ocupacional do frigorífico MFB Marfrig Frigoríficos do Brasil S. A. (Marfrig Group), em Bagé, interditada em maio por força-tarefa do MPT-RS e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com a participação do movimento sindical, Cerest e outras entidades envolvidas na promoção da segurança no meio ambiente de trabalho. A empresa ficou interditada de devido ao risco grave e iminente à saúde e à integridade física dos trabalhadores. 

     O relatório aponta as deficiências do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (Sesmt), serviço de ambulatório e a eficácia dos planos de prevenção previstos nas Normas Regulamentadoras (NRs) nº 7 e 9, entre outras, além do Programa de Conservação Auditiva (PCA). A conclusão dos oito especialistas do Cerest é a de que a empresa descumpre também as NRs 5 e 36, a qual versa especificamente sobre o setor de frigoríficos no País. 

     A inspeção do Cerest foi feita com a fábrica já interditada. “Como ações preventivas, salientamos observar o já preconizado na NR 36, no que diz respeito a pausas, rodízios e incluir a viabilidade de redução da jornada de trabalho, com o intuito de diminuir o tempo de exposição dos colaboradores aos riscos em geral”, aconselha o relatório. O Cerest Macrosul também recomenda observar a fidelidade numérica das informações que constam no relatório anual do PCMSO, como também das planilhas de afastamentos e de atendimentos em geral, bem como outras informações específicas, como CBO de cada setor, “possibilitando a identificação dos focos e priorizando, a partir destes, o monitoramento e o estabelecimento de ações e programas preventivos”. 

     A unidade da Marfrig é investigada pela procuradora do Trabalho Rubia Vanessa Cabarro, responsável pelo procedimento em curso no MPT em Pelotas. O relatório do Ceret foi assinado por Hernani Xavier (médico), Jacimara Santos (fisioterapeuta), Juliana Dode (bióloga), Maristela Costa Irazoqui (assistente social), Murilo Garcia (técnico em Segurança do Trabalho), Renata Muenzer (psicóloga), Rita Signor (fonoaudióloga) e Roger Duarte Duarte (técnico em Segurança do Trabalho).


Textos e fotos: Assessoria de Comunicação Social do Ministério Público do Trabalho - RS - Flávio Portela