quinta-feira, 15 de março de 2018

Encontro em POA define retomada de força-tarefa em frigoríficos

Novas ações e retorno a unidades já visitadas acontecem a partir de abril


      Nos últimos dias 13 e 14, representantes de sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação participaram, na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, do Encontro de Avaliação e Planejamento das Forças-tarefas em Frigoríficos e Hospitais no Rio Grande do Sul. O evento, promovido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT-RS) visou à discussão das ações realizadas durante as forças-tarefas, que envolveram diferentes entidades e resultaram em iniciativas visando à melhoria das condições de saúde e segurança dos trabalhadores. A principal decisão do Encontro foi a retomada da força-tarefa a partir de abril, com um calendário que vai retomar visitas a plantas frigoríficas e realizar novas vistorias.
      A primeira etapa da plenária levantou os principais avanços obtidos junto à força-tarefa. De acordo com o coordenador da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - Sul (CNTA-Sul), Darci Pires da Rocha, as empresas realizaram alterações logo após a realização das vistorias para melhorar o ambiente de trabalho. No entanto, depois de algum tempo, as melhorias caíram no esquecimento. "A discussão apontou para a necessidade de ações com mais rigor em 2018", pondera Rocha.
      Até o dia 23 de abril os sindicatos irão avaliar em quais plantas frigoríficas será necessário retomar a fiscalização. O coordenador não adianta em quais frigoríficos a força-tarefa será retomada. "Até dia 22 vamos ouvir os sindicatos e avaliar. Nosso principal foco são aqueles que não cumprem o estabelecido na NR 36 (a norma regulamentadora do trabalho em frigoríficos), como as pausas na jornada e movimentação de cargas, além de constatarmos se houve cumprimento das determinações do relatório da força-tarefa", explica Rocha.
      A avaliação dos sindicatos será encaminhada ao MPT-RS. A intenção é que a mesma equipe que compôs a força-tarefa inicial - que contava, além do MPT, com o Ministério do Trabalho, Fundacentro, CREA, Cerest, com apoio dos sindicatos de trabalhadores na alimentação - seja mantida. "A intenção é reforçar a fiscalização, incluindo frigoríficos pequenos, médios e grandes", frisa Rocha. A ideia é realizar as vistorias de retorno a partir de abril, até o mês de junho. A partir de setembro devem ser avaliadas novas plantas que não participaram da primeira ação da força-tarefa em 2015 e 2016. 
      Representaram o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé no Encontro o vice-presidente, Cláudio Gomes Gonçalves, e os diretores Alceu Berone de Oliveira e Tanira Ramos dos Santos. 

segunda-feira, 12 de março de 2018

STIA/Bagé participa de encontro de avaliação sobre força-tarefa em frigoríficos nesta terça e quarta-feira



      Nestes dias 13 e 14 de março, representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região participam em Porto Alegre de uma plenária de avaliação da Força-tarefa nos frigoríficos. A programação inicia nesta terça-feira a partir das 9h, tendo por local a Câmara de Vereadores da capital gaúcha. A iniciativa é do Ministério Público do Trabalho. MPT reunirá parceiros das forças-tarefas frigoríficos e hospitais
      O evento tem o nome de "Encontro de Avaliação e Planejamento das Forças-Tarefas em Frigoríficos e Hospitais no Rio Grande do Sul". Haverá reuniões com os parceiros das ações realizadas. Os sindicatos foram convocados para participar da iniciativa, colocando suas avaliações sobre as ações realizadas. 
      "É um momento importante, demonstrando que o trabalho é sério. A força-tarefa apontou muitos problemas e a participação dos sindicatos, especialmente o de Bagé, foi fundamental para detectar más condições de trabalho a que eram submetidos os empregados", frisa o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral.
Relembre
      Em 2015 o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul, em conjunto com o Ministério do Trabalho e com apoio de sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação iniciaram uma força-tarefa para avaliar as condições de trabalho nas plantas frigoríficas. O trabalho abrangeu plantas industriais de abates de aves, bovinos e suínos. 
      As inspeções comandadas pelo MPT e MTE resultaram no apontamento de diversas irregularidades no ambiente de trabalho de diversos frigoríficos, incluindo as unidades do Marfrig em Bagé e da Pampeano Alimentos, em Hulha Negra. Ambas as plantas foram interditadas para que realizassem adequações em máquinas e nos ambientes de trabalho, visando proporcionar melhor qualidade e segurança aos trabalhadores. 

quinta-feira, 8 de março de 2018

Segunda rodada de negociações entre Sindicatos e Marfrig não apresenta acordo



       A segunda rodada de negociação entre sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Bage, Pelotas e São Gabriel e representantes do Marfrig Group, realizada em São Gabriel, não apresentou grandes avanços. A data-base dos trabalhadores do Marfrig é 1º de fevereiro.
       Desta vez os representantes do frigorífico apresentaram uma proposta de reajuste salarial de 2% - que seria a reposição da inflação (1,87% entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2018) e 0,13% de aumento real - o que os sindicatos consideram insuficiente. 

      A diferença em relação ao primeiro encontro, ocorrido na Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins - Sul (CNTA-Sul), em Porto Alegre, é que a empresa desistiu de colocar na negociação medidas que prejudicariam direitos dos trabalhadores - como reduzir valores pagos para horas-extras, minutos de preparo (o tempo para o trabalhador colocar o uniforme e marcar o ponto), adicional noturno, entre outros. As lideranças sindicais já haviam deixado claro que não aceitariam sequer discutir cláusulas do acordo que alterassem quaisquer direitos dos trabalhadores.
       A retirada de direitos, na avaliação do presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, é reflexo de uma condução desastrosa para os trabalhadores em nível federal. "Vemos o governo Temer mexer na legislação trabalhista não para agregar algo de positivo, só para reforçar o caixa do próprio governo e fazer com que os sindicatos enfraqueçam. O trabalhador precisa saber disso porque é o Sindicato a ferramenta de defesa dos direitos na mesa de negociação", afirma Cabral.
       Ainda não há data para um novo encontro entre as partes. Não está descartado que a próxima reunião seja realizada em Bagé.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Sindicatos e Marfrig tem nova rodada de negociações nesta terça-feira em São Gabriel


      Neste dia 6 de março acontece uma nova rodada de negociações entre sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação e representantes do Marfrig Group. É o segundo encontro entre as partes visando ao Acordo Coletivo de Trabalho para 2018 para trabalhadores do frigorífico. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. A reunião acontece a partir das 14h na sede do sindicato de São Gabriel, reunindo lideranças sindicais daquele município, de Bagé e Pelotas. O STIA/Bagé será representado pelo presidente, Luiz Carlos Cabral, pelo vice-presidente, Cláudio Gomes Gonçalves, e pelos diretores Alceu Berone Marques de Oliveira e Nei Freitas dos Santos.
      No primeiro encontro, no dia 21 de fevereiro em Porto Alegre, não houve avanços. O Marfrig propôs um reajuste linear de 1,87% (apenas a inflação do período entre fevereiro de 2017 e janeiro de 2018), além de reduzir valores pagos para horas-extras, minutos de preparo (o tempo para o trabalhador colocar o uniforme e marcar o ponto), adicional turno e outros. Os sindicatos afirmam que não irão sequer discutir alterações em cláusulas que mexam nos direitos dos trabalhadores.
        O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, Luiz Carlos Cabral, reforça a necessidade de uma proposta mais efetiva. "Até agora, de prático, temos apenas a proposta para retirar direitos e conquistas do trabalhador.  Esperamos que esta reunião tenha resultados mais positivos porque evoluímos pouco até agora", frisa o líder sindical.