Os sindicalistas demonstram frustração com o resultado da primeira reunião. Apesar de a primeira etapa de negociações ser utilizada mais para troca de informações entre as classes de trabalhadores e patronal, os resultados ficaram aquém do esperado. “Viajamos 400 quilômetros e voltamos para casa frustrados porque tínhamos a expectativa de uma proposta mais consistente, principalmente envolvendo a questão salarial”, destaca o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral.
A indignação, conforme o presidente, é maior porque os grandes grupos frigoríficos recebem incentivos fiscais de governos estadual e federal para seu funcionamento. Mas na hora de valorizar o trabalhador com a reposição salarial e cláusulas para a garantia de seus direitos isso não acaba ocorrendo. “Na hora de reajustar salários, que é só uma vez por ano, o Marfrig não apresenta sequer uma proposta de reposição salarial e ainda quer retirar cláusulas conquistadas pelos trabalhadores ao longo dos últimos anos”, revela Cabral.
No dia 19 de junho, às 10h, em Porto Alegre , na sala de apoio da CNTA/Sul está previsto um novo encontro entre as partes para tentar viabilizar uma proposta para o Acordo Coletivo. “Esperamos que a empresa seja um pouco mais sensível em relação aos trabalhadores, já que a nossa proposta foi retirada de uma assembléia”, salienta. Também participaram da primeira reunião de negociação em Porto Alegre o coordenador político da CNTA, Darci Pires da Rocha, juntamente com Rui Mendonça, Orlando de Oliveira e Wilian Ricce, representantes empresariais.
Para o vice-presidente do STIA/Bagé, Claudio Gonçaves, a reunião foi um pouco frustrante, já que a patronal tocou nos pontos de pauta de maneira muito genérica, evitando apresentar pontos específicos de negociação.
Padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos
Em relação à negociação do Acordo Coletivo para o setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos, Cabral informa que ainda não foi agendada uma reunião de negociação devido à agenda do sindicato patronal. A expectativa é de que no máximo até a próxima semana seja realizado o primeiro encontro para debater a pauta de reivindicações dos trabalhadores, retirada na assembléia do dia 14 de abril.
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