domingo, 3 de agosto de 2014

STIA/Bagé reinvindica melhor tratamento nas negociações para acordo coletivo de trabalhadores do Marfrig


Empresa alega "dificuldades financeiras" para conceder aumento aos empregados




fotos: Zillmar Gazzo
      O quarto encontro entre as diretorias dos sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé, Alegrete e São Gabriel com representantes do Marfrig Group não resultou em acordo para o reajuste salarial dos empregados. A reunião ocorreu na sede do Sindicato de Bagé. O Marfrig alega dificuldades financeiras para conceder um reajuste melhor aos trabalhadores. A proposta para os funcionários do Pampeano Alimentos, em Hulha Negra, e do Marfrig/Bagé é de um reajuste de 7,69%, Os sindicatos querem, no mínimo, um reajuste de 8,21¨%.
      O sindicato reforça que o Marfrig foi um dos principais patrocinadores na última Copa do Mundo e que, por isso, deve conceder os mínimos direitos ao seu quadro funcional. 
      Outro problema constatado na negociação e relatado pelos sindicatos é quanto a demissões e férias coletivas nas plantas do Marfrig. "Sempre nessa época de negociações a empresa faz isso, como forma de pressionar os trabalhadores", afirma o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral. Ainda não há data marcada para um novo encontro entre as partes. O Sindicato irá realizar uma mobilização nos próximos dias na porta das fábricas, onde os trabalhadores irão decidir em assembléia o rumo das negociações
      Uma proposta para alteração da data-base dos trabalhadores do Marfrig para o mês de fevereiro, ao invés de junho, como é atualmente, também está sendo analisada. Um ponto polêmico solicitado pela empresa é que no Marfig/Bagé seja excluída a cláusula de vinculação do Piso Normativo ao Piso Mínimo Regional. 
      Além do reajuste de 8,21%, o STIA quer reajuste de 10% no piso normativo do Pampeano e Marfrig/Bagé, inclusive para os salários profissionais dos faqueiros, magarefes e desossadores.  As lideranças sindicais também reivindicam o Visa Vale no valor de R$ 150,00 para os trabalhadores do Marfrig/Bagé e a cesta de alimentos do Pampeano com mais 12 enlatados. O Marfrig aceita que a cesta atual tenha incremento de seis enlatados e propõe o Visa Vale no valor de R$ 134,55. 

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