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Única rodada de negociação aconteceu no começo de março em São Gabriel - Arquivo STIA Bagé |
Após mais de dois meses da única reunião de negociação realizada entre os sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Bagé e São Gabriel com a Marfrig Group, em 3 de março, haverá uma nova rodada para discutir as cláusulas do acordo coletivo de trabalho entre as partes. O encontro vai acontecer nos dias 8 e 9 de maio na sede do STIA/Bagé.
Os sindicatos esperavam uma resposta da empresa quanto à proposta encaminhada na rodada de negociações de março. A Marfrig propôs a alteração em cláusulas que fazem parte do patrimônio dos trabalhadores, como reduzir o valor pago das horas extras, reduzir o percentual pago como adicional noturno, cobrar pelo valor do transporte, entre outras. Além disso, a proposta de reajuste salarial foi de 4%, enquanto que a inflação acumulada no período foi de 5.71%.
"Essa proposta da empresa representa um retrocesso e também uma falta de respeito aos trabalhadores". afirma o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral Jorge.
A proposta entregue pelos sindicatos consiste em um reajuste que contemple a reposição da inflação mais um aumento real de 3%, quinquênio, pagamento dos meses com 31 dias, participação nos lucros e resultados e a manutenção das demais cláusulas.
Na última semana de abril a Pampeano Alimentos recebeu a visita de uma equipe de auditores da empresa BRC para verificar as condições da indústria. Com a sinalização positiva pelos técnicos da BRC permite à Pampeano seguir exportando para o mundo inteiro.
O Marfrig/Bagé também recebeu a visita de inspetores sanitários do México. A intenção era permitir que a planta frigorífica fosse habilitada para exportar carne para os países da América do Norte. Ao final, a habilitação foi aprovada.
"Nos congratulamos com a empresa, pois isso significa que aumentando as exportações, temos a expectativa da geração de novos empregos e divisas para os municípios onde as plantas frigoríficas estão instaladas. Mas é um contrassenso que uma multinacional não reconheça o empenho e a dedicação de seus trabalhadores, que estão há mais de 15 meses sem reajuste nos salários. Esperamos, sinceramente, que isso venha a ser valorizado na próxima rodada de negociações que vamos ter", afirma Cabral.
O líder sindical enfatiza que os dois dias de negociação serão determinantes. "Se o resultado da reunião não for positivo, com certeza os trabalhadores serão chamados para decidir", alerta Cabral.
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