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Depois de reunião realizada em Bagé no dia 30 de março, empresa pediu prorrogação de prazos para responder proposta dos sindicatos, mas não deu retorno |
Com data-base em 1º de fevereiro, os trabalhadores do Marfrig Group em Bagé e do Marfrig Foods (Pampeano Alimentos) em Hulha Negra aguardavam o desfecho das negociações para Acordo Coletivo de Trabalho com a empresa. Entretanto, nesta semana o Marfrig ajuizou pedido de Dissídio Coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região em Porto Alegre. É o terceiro ano consecutivo em que os representantes da empresa demoram para realizar as negociações com os sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé, São Gabriel e Pelotas. Desta vez, o objetivo é retirar algumas conquistas históricas dos trabalhadores que fazem parte das cláusulas do acordo - como o pagamento de 100% das horas-extras, o pagamento do tempo de preparo e a gratuidade do transporte.
A espera por uma definição já dura três meses. A empresa demonstra intransigência com os direitos já conquistados pelos trabalhadores e agora, com o ajuizamento, tenta colocar ao TRT a responsabilidade de retirar as conquistas. "A verdade é que o Marfrig demora, faz várias alegações, muitas vezes obrigando os representantes sindicais a irem a Porto Alegre, gerando custos, e sequer apresentando uma proposta que vá ao encontro dos anseios dos empregados", ressalta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé, Luiz Carlos Cabral.
Os sindicatos querem, no mínimo, o mesmo percentual de reajuste do Piso Mínimo Regional (6,48%) de forma linear, melhorias no cartão-alimentação (no caso do Marfrig/Bagé) e a manutenção das demais cláusulas do dissídio anterior. A expectativa agora é pela definição de uma data para a audiência conciliatória entre as partes, mediada pelo TRT. O dia ainda não está definido.
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