quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

Primeira reunião de negociação entre STIA/Bagé e Marfrig termina sem acordo e com segunda reunião cancelada




   O primeiro encontro entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) e a Marfrig visando à discussão sobre o Acordo Coletivo de Trabalho para empregados do Pampeano Alimentos, em Hulha Negra, não teve avanços. A reunião de negociação ocorreu na subsede do Sindicato. A empresa apresentou uma proposta que causou indignação aos diretores sindicais, com uma proposta de reajuste salarial abaixo da inflação do período - entre fevereiro de 2024 e janeiro de 2025. 

   O Sindicato informa que a reunião entre as partes prevista para esta quinta-feira (20) foi cancelada. A direção do STIA/Bagé irá encaminhar uma contraproposta à Marfrig para, depois de analisada pela matriz da empresa, ocorrer uma nova rodada de negociações. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. 

   Vale destacar que a Marfrig ofereceu 4% de reajuste (a inflação do período foi de 4,17%), um piso salarial de R$ 1.868,07, o corte do adicional de faca para os novos contratados, além de alterações que prejudicam o trabalhador em cláusulas como o pagamento de horas extras, os minutos do tempo de preparo, adicional noturno, trabalho em domingos, feriados e dias compensados, bem como incluir uma cobrança de 3% sobre o salário do trabalhador para o transporte até a indústria (que, por ação do Sindicato, é gratuito), a título de vale-transporte.

   "A proposta da empresa chega a ser indecente, um absurdo. Além de propor um reajuste abaixo da inflação, a Marfrig quer diminuir o pouco que o trabalhador já recebe. Confesso que ficamos revoltados com as condições apresentadas pela empresa, mas vamos apresentar uma contraproposta e aguardar que a empresa leve em consideração que, se é reconhecida pela qualidade de sua produção, é graças ao trabalhador", ressalta o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral. 

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