domingo, 18 de abril de 2021

STIA/Bagé e Marfrig não avançam em negociações para Acordo Coletivo de Trabalho



      Depois de duas rodadas de negociação para o Acordo Coletivo de Trabalho entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) e a Marfrig Global Foods, não houve avanços. O último encontro entre as partes ocorreu no último dia 14 de abril – o anterior havia acontecido no dia 7. A data-base para os trabalhadores da Marfrig é 1º de fevereiro.

      O impasse começa a partir da proposta de reajuste salarial. A Marfrig propôe 4,75%  - abaixo da inflação no período de fevereiro de 2020 a janeiro de 2021, que ficou em 5,53% pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em assembleias no final de 2020, os trabalhadores aprovaram a proposta da reposição da inflação, mais aumento real.  

      Entretanto, a empresa propôs a redução do tempo para troca de uniforme (atualmente em 30 minutos).. A Marfrig também propõe reduções no pagamento do adicional noturno, do adicional para trabalho em dias compensados (de 75% para 50%),  além da cobrança pelo transporte do trabalhador, entre outros itens.

      “O trabalhador está há 15 meses sem reajuste. Durante a pandemia a Marfrig não deixou de produzir. Aliás, graças ao esforço dos trabalhadores, correndo risco de ser contaminado e levar o Coronavírus para sua família, a empresa teve os melhores resultados financeiros de sua história em 2020 – fato que foi divulgado pelo próprio grupo frigorífico”, ressalta o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral. “Esperamos que a empresa reveja esta posição intransigente que está tendo na mesa de negociação. Passa a impressão de que a Marfrig não reconhece o esforço do trabalhador”, frisa o líder sindical.