terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Nós cobramos providência e avisamos!






Quem acompanha o trabalho do Sindicato sabe de nossa insatisfação quanto à situação do Lonão, destinado à área de descanso para trabalhadores do Pampeano Alimentos em Hulha Negra. Várias vezes alertamos do problema - que foi tratado em duas matérias do nosso jornal O Penetra e em diversas manifestações públicas da diretoria do Sindicato.

Pois bem. No último dia 20 de dezembro de 2023, no entanto, o lonão desabou. Por sorte, ninguém ficou ferido com gravidade - apenas um trabalhador preciso de maior atenção, sendo socorrido pelos colegas (um deles da diretoria do Sindicato. Esse lonão foi colocado pela empresa durante a pandemia da Covid-19 e seria de forma provisória. Mas, acabou ficando, ficando, ficando... a pandemia recrudesceu e o lonão ficou, gerando reclamações dos trabalhadores. 

Por sorte, a maioria dos trabalhadores já havia voltado às suas atividades na fábrica (o fato ocorreu por volta de 13h15min) e não havia muita gente debaixo do lonão. Se tivesse mais gente, o problema seria muito mais sério, teria machucado muitos trabalhadores. 

Por causa disso a empresa foi obrigada a disponibilizar às pressas uma área de relevo (descanso) que estava sendo construída. O problema é que nesse local não existem bancos para todo mundo, não há bebedouro e sequer um relógio para que o trabalhador possa controlar o horário de voltar ao serviço.

A empresa havia dito que terminaria com o lonão. Realmente terminou, mas não precisava ser desse jeito, dessa forma. 

"Esse é o Pampeano, uma empresa poderosa, que exporta produtos para todo o mundo. Não há uma área de descanso digna e os problemas continuam. Outro exemplo é o refeitório, onde as pessoas não conseguem se alimentar direito, onde a qualidade da comida e do café oferecidos é péssima. Os ônibus são bonitinhos por fora, mas em dias de chuva a água escorre pelos rebites, em veículos que sequer tem ar condicionado. Lamentavelmente, em primeiro lugar vem a produção, enquanto a qualidade de vida dos trabalhadores é deixada de lado", manifesta o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Cabral. 

Ainda sobre o refeitório, Cabral cita que o Sindicato e os trabalhadores estão cansados, já que desde a terceirização a qualidade da comida piorou muito. "Se isso não mudar, vamos ter que tomar uma atitude, talvez até meio desagradável para a empresa, mas teremos que tomar", afirma o presidente do Sindicato.