domingo, 27 de setembro de 2020

Trabalhador que sofrer acidente em trajeto volta a ter direitos assegurados



Com a revogação da Medida Provisória 905/19, que criou o Contrato Verde e Amarelo, o trabalhador que sofrer acidente durante o trajeto volta a ter seus direitos acidentários garantidos. 

A MP, que vigorou entre 12 de novembro de 2019 e 20 de abril deste ano — data em que o presidente Jair Bolsonaro revogou a medida — , alterou alguns itens da Lei 8.213/91; entre as mudanças, está a revogação do artigo 21, inciso IV, alínea "d" do diploma. De acordo com o trecho, equipara-se a acidente de trabalho todo aquele que ocorrer "no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado". 

Para Ricardo Calcini — mestre em Direito do Trabalho pela PUC-SP, professor de pós-graduação da FMU e organizador do e-book Coronavírus e os Impactos Trabalhistas —, com a revogação da MP, o dispositivo da Lei 8.213/91 volta a valer.

O advogado João Badari, especialista em Direito Previdenciário e sócio do Aith, Badari e Luchin Advogados, explica que a principal consequência prática da MP 905, em relação aos acidentes de percurso, é que eles haviam deixado de gerar estabilidade ao empregado, ainda que o afastamento fosse superior a 15 dias. 

"Todos os direitos trabalhistas e previdenciários decorrentes deste acidente não poderiam mais ser exercidos pelo trabalhador. Por exemplo, o auxílio doença a partir do 16ª dia de afastamento seria o comum. Isso traz reflexos previdenciários em pensões por morte, nos cálculos de benefícios, carência, entre outros. Também reflete nos direitos trabalhistas, como estabilidade e indenização", afirma. 

Contratos válidos

Os contratos firmados entre 1 de janeiro e 20 de abril seguem os mesmos princípios regidos na MP, ou seja, nesses casos, acidentes de trajeto não são considerados acidentes de trabalho.

Isso porque, segundo o artigo 62, caput, da Constituição Federal, as medidas provisórias editadas pelo presidente da República têm força de lei e, tal como as leis ordinárias, delegadas e complementares, produzem seus regulares efeitos até que sejam analisadas pelo Congresso. 

Por isso, a revogação "não desconstitui os atos jurídicos praticados durante sua vigência", explica Ricardo Calcini. 

"Muito embora haja quem defenda a retroatividade dos efeitos da MP 905, como se todos os efeitos jurídicos por ela produzidos tivessem se perdido desde o dia de sua edição, chancelar essa posição, com todo o respeito, é tornar as relações sociais ainda mais instáveis. Afinal, qual empresa adotaria os termos de uma medida provisória se, caso não houvesse sua conversão em lei ordinária, todos os negócios jurídicos praticados sob sua vigência tivessem que ser destituídos por ausência de previsão legal?", questiona. 

Segundo explica, todas as empresas que firmaram contratos "verdes e amarelos" devem seguir com os seus exatos termos, tal como previsto na MP, por respeito ao ato jurídico perfeito e à segurança das relações judiciais. 

"Isso se aplica também aos acidentes de trajeto, pois enquanto vigente a MP, todos os fatos ocorridos até sua revogação, e que resultaram em acidentes de percurso, não podem ser considerados como acidentes de trabalho, tal como dispõe a Lei 8.213/91. Portanto, não é possível retroagir ao tempo e obrigar as empresas, em razão da revogação, a terem que emitir o Comunicado de Acidente de Trabalho", diz

Revogação

A MP 905 foi aprovada na Câmara dos deputados no último dia 15. No entanto, por ser praticamente uma pequena reforma trabalhista, a alteração recebeu quase duas mil emendas. 

Os impasses começaram quando ela foi ao Senado. Acatando uma questão de ordem do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (Dem-AP), suspendeu no último dia 17 a análise da MP. Com isso, a medida caducou, já que seu prazo de validade terminaria apenas três dias depois, em 20 de abril. 

Depois da decisão, o Senado propôs que Bolsonaro revogasse a medida para que a Casa tivesse mais tempo para analisá-la. O presidente da República aproveitou a ocasião para declarar que pretende reeditar as partes mais relevantes da norma.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Contra Covid nos frigoríficos, sindicalistas levam caixão à Bolsa de Valores de SP







Cerca de 120 dirigentes sindicais, de todos os estados do país, participaram nesta quinta-feira (24) de um ato contra a contaminação de trabalhadores pela Covid nos frigoríficos, e a negligência das empresas. A manifestação foi na Bolsa de Valores de São Paulo, e o objetivo era alertar sociedade e investidores, sobre o drama vivido nas fábricas.

“O setor de proteína animal está tendo lucros durante todo o período da pandemia, mas na linha de produção, 25% dos empregados já foram contaminados”, apontou o vice-presidente da CNTA, Artur Bueno Júnior. Os sindicalistas pedem testagem em massa nas indústrias, a redução em 50% da aglomeração na linha de produção e a troca diária de máscaras.

O ato na Bolsa fez parte da campanha “A carne mais barata do frigorífico é a do trabalhador”, e foi definido após uma reunião sem resultados com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), em 9 de setembro. Naquela ocasião, os empresários se recusaram a atender qualquer reivindicação dos trabalhadores.

Na frente da B3, um caixão simbolizava o trágico destino dos trabalhadores de frigoríficos. No local, um grupo de apoio vestido com o uniforme característico do setor, conscientizava a população sobre o problema. Com um aparelho de som, os dirigentes explicavam a pauta, às pessoas que trafegavam pelo local, e para quem entrava no prédio da Bolsa.

“Somente com a atenção da sociedade, e de setores como o mercado financeiro, os empresários vão entender que não podem continuar produzindo sem respeitar a vida humana. A campanha continua”, finalizou o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Representantes do Centro Clínico Gaúcho visitam Sindicato para apresentar instituição




Na manhã desta quarta-feira (16) o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, Luiz Carlos Cabal, e o vice-presidente, Cláudio Gomes Gonçalves, receberam a visita do responsável pelas Relações Institucionais do Centro Clínico Gaúcho (CCG), Jackson Oliveira. Ele esteve acompanhado dos agentes da Felber Corretora de Seguros Sérgio Mello e Derickson Oliveira. Na oportunidade, o grupo apresentou a proposta do CCG, que está expandindo sua atuação em Bagé.

Presente em 12 cidades gaúchas, o Centro Clínico Gaúcho possui um corpo de mais de 1.600 colaboradores, sendo 70% formado por uma equipe própria de profissionais de saúde (médicos, odontologistas, enfermeiros e técnicos). Atualmente, conta com 20 unidades próprias e três  unidades da rede compartilhada com a Multiclínica, para realização de pronto atendimento e consultas de emergência e com hora marcada de diversas especialidades médicas.

O CCG é uma operadora de saúde que atua há 29 anos e oferece planos ambulatorial, hospitalar e que deve oportunizar em breve um plano odontológico. As modalidades de planos são individual, coletivo por adesão (para associações e sindicatos) e empresarial (para todos os funcionários de um mesmo estabelecimento). "O CCG está se expandindo. Chegamos em Bagé nesta parceria na área clínica com o Hospital Universitário e agora estamos buscando a realização de convênios com empresas e sindicatos no plano de adesão, que garante maior conforto aos associados, com um valor mais acessível do que em relação aos planos individuais", destaca Jackson. A ideia é ampliar as parcerias na Rainha da Fronteira e o Centro Clínico Gaúcho também já está em tratativas com a Santa Casa. 

Planos e modalidades

Os planos oferecem a novidade da telemedicina - onde os trabalhadores, por exemplo, podem consultar com especialistas em diferentes áreas, tendo o acompanhamento do médico de referência em Bagé. "Já temos um projeto para montar uma clínica em Bagé", salienta Jackson. Em Porto Alegre o Hospital CCG será inaugurado até o final do ano, com 220 leitos em um edifício de 10 andares. 

Avaliação

Para Cabral, os investimentos do CCG na região são positivos e a possibilidade de oferta em serviços de saúde é importante. "Gostamos muito desta conversa e vamos analisar, em reunião de nossa diretoria, a proposta do CCG. Se houver possibilidade de uma parceria e que o trabalhador do setor da alimentação possa receber um atendimento em questões como o acesso a especialistas, vamos conversar e repassar as informações aos trabalhadores", enfatiza o presidente do STIA/Bagé. 

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

ATENÇÃO:



O Sindicato está chamando os nomes abaixo relacionados para comparecerem à sede social (Rua Melanie Granier, 157) para tratarem de assunto de seu interesse com a maior brevidade possível.

Para evitar aglomerações, podem entrar em contato pelo fone (53) - 3242-3778:

- Alcida Olina F. Marques 

- Antônio Ferreira 

- Cláudio Tapes Lemos 

- Dorcino Fagundes Barbosa 

- Gelson Meirelles 

- José Efrain Pinto 

- João de Deus Lacerda 

- João Cândido Castro 

- João Lucas Socca 

- Luiz Sérgio Pinto 

- Luís Carlos C. Goulart 

- Luiz Cláudio Milano 

- Maria Helena Marques 

- Marco Antônio R. Bittencourt 

- Marilene Fagundes Barbosa 

- Nara Liena Ornelas 

- Neri José Veleda

- Nanci Xavier 

- Paulo Ricardo Souza 

- Rubem Moreno Gonçalves