sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Trabalhadores mais uma vez denunciam péssima qualidade da comida no Pampeano

 

 


Em sua reunião mensal de diretoria realizada esta semana para discutir diversos assuntos. Mais uma vez na pauta do dia estavam reclamações de trabalhadores do Pampeano Alimentos sobre a qualidade da comida. A situação no refeitório não é de hoje. Volta e meia precisamos procurar a empresa para registrar reclamações. E desta vez a situação é ainda pior.

A comida servida na época pelo Marfrig deixava a desejar. A empresa optou por terceirizar o refeitório, talvez por uma questão de economia. A partir daí a empresa Premium assumiu.

Na primeira semana depois da terceirização, a comida servida foi aplaudida pelos trabalhadores. Uma alimentação digna que o trabalhador esperava que continuasse todos os dias. Mas foi um engano.

Não conseguimos entender por que isso acontece, já que embora o refeitório tenha sido terceirizado pela Marfrig, as pessoas que preparam os alimentos são as mesmas. No entanto, tudo piorou.Uma empresa como a Marfrig, onde os trabalhadores produzem alimentos para todo o mundo, precisam mendigar um pedaço de carne. O racionamento de água terminou, mas o racionamento de alimentos no Pampeano continua.

O feijão é mais água do que grão. O pão oferecido no café quando não é cru é torrado. E o café vai do 8 ao 80: há dias que é forte que desce queimando o estômago, em outros dias é tão doce que fica intragável. A empresa demonstra não ter nenhum cuidado com o trabalhador. Além da comida ser péssima, prejudica a saúde dos mesmos, em especial aqueles com problemas de saúde como colesterol, triglicerídeos, diabetes, entre outros. Depois reclamam que o trabalhador adoece e precisa tirar atestado. Tem regras para tudo. A Marfrig criou a tal "A regra é clara", mas pelo visto isso é feito só para punir o trabalhador. Tem regra para algumas coisas, mas para outras não - como é o caso da alimentação.

Há poucos dias prepararam um guisado no café da manhã para misturar com o pão que ficava boiando na gordura. O trabalhador tinha que espremer o guisado no costado da panela para tirar a gordura. Fizemos até imagens desse "ensopado".

Há tempos reclamamos da questão da qualidade, quantidade e diversidade da comida no refeitório. O problema acontece tanto nos turnos do dia quanto da noite. A Marfrig tem gerentes para tudo: RH, Industrial, Administrativo, etc, mas para resolver o problema dos trabalhadores nessa hora não aparece ninguém. Todos eles dizem que o assunto é "com o corporativo, em São Paulo". Como dizia o famoso jornalista do SBT, Bóris Casoy, isto é uma vergonhaaaaa!!!!

Vamos seguir cobrando melhorias por parte da empresa. Afinal, nossa missão é defender o trabalhador. E eles merecem!

sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Ministro do Trabalho diz que "economia suportaria" semana com quatro dias de trabalho

 



    O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que a economia brasileira “suportaria” uma jornada de quatro dias de trabalho. A declaração ocorreu recentemente em reunião na Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal.

     Na opinião do ministro, o debate para tratar da nova nova regulamentação da jornada de trabalho “passou da hora”. Porém, Marinho informou que ainda não conversou sobre o assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

     “Eu acredito que passou da hora [tratar da nova regulamentação da jornada]. Não tratei disso com o presidente Lula. É a minha opinião, não de governo. Mas tenho certeza que o presidente Lula não iria bloquear um debate, em que a sociedade reivindique que o Parlamento analise a possibilidade de redução da jornada de trabalho sem redução dos salários evidentemente. Eu acho que a economia brasileira suportaria”, disse Marinho na CDH do Senado.

     O ministro esteve na Casa Alta a convite do presidente do colegiado, senador Paulo Paim (PT-RS), para discutir a regulamentação de direitos trabalhistas de prestadores de serviço por aplicativos.

     Uma semana de quatro dias de trabalho tem sido testada em diversos países. No Brasil, um experimento está envolvendo pelo menos 21 empresas em projeto conduzido pela 4 Day Week Global, uma comunidade sem fins lucrativos que realiza projetos-piloto como esse em todo o mundo, e pela brasileira Reconnect Happiness at Work. O anúncio foi realizado em agosto deste ano.

     Marinho destacou que quem tem a "autoridade para dar a palavra final" sobre a redução da carga horária de trabalho é o Parlamento e convidou os movimentos sociais a proporem uma revisão da questão.


Foto: Hugo Barreto - Metrópoles


O que é esgotamento moral? Veja os sinais do novo tipo de burnout




O burnout é um distúrbio psíquico descrito como esgotamento físico e mental do indivíduo. A condição foi reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde ligado ao trabalho no início de 2022 — agora, especialistas defendem que existe um subtipo da síndrome, conhecido como esgotamento moral, também associado ao ambiente coorporativo.

Sinais comuns de burnout incluem exaustão mental, desengajamento, produtividade reduzida e queda de autoestima. No entanto, o novo tipo de esgotamento estaria ligado aos valores morais da pessoa, principalmente quando ela sente que eles foram desrespeitados no trabalho.

O novo burnout foi descrito em um estudo da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, e, por ser recente, ainda não está descrito em manuais de diagnósticos utilizados por psicólogos e psiquiatras.

A psicóloga Bruna Capozzi, do Instituto Meraki, em Brasília, diz que o esgotamento moral acontece quando o indivíduo é exposto, no ambiente de trabalho, a situações que estão desalinhadas com seus valores e crenças.

“A exposição gera desconforto e um sofrimento significativo, podendo impactar nas entregas e na própria permanência na empresa. Assédio, sexismo, racismo e homofobia são exemplos de situações que podem desencadear o esgotamento moral no ambiente corporativo”, explica Bruna.

Sinais do distúrbio

Para ajudar no diagnóstico, alguns sintomas podem ajudar a descobrir se a pessoa sofre de esgotamento moral. Confira:Sentir vergonha por alguma situação que tenha acontecido no trabalho;

* Sentir mais cansaço;
* Procrastinar entregas;
* Sentir-se ansioso e com medo ao longo do dia de trabalho;
* Sentir-se preso ao trabalho, com dificuldade de relaxar;
* Sentir-se intruso no trabalho e nas situações vivenciadas lá;
* Sentir-se exausto emocional, mental e fisicamente.

A avaliação de um médico psiquiatra e o acompanhamento psicológico são indispensáveis no cuidado dos pacientes com esses sintomas.

Pedido de demissão

É possível que a pessoa queira deixar o emprego quando acontece uma situação que leva ao esgotamento moral. Nesse caso, antes de tomar qualquer decisão, é preciso avaliar qual vai ser o impacto da demissão na vida familiar e na carreira do indivíduo.

Por isso, se deve buscar ajuda psicológica para compreender os processos que levaram o paciente a desenvolver o distúrbio. É preciso criar estratégias de enfrentamento e entender quais são os valores inegociáveis do indivíduo, discernindo se permitem ou não que ele permaneça na empresa.

Atitudes da empresa

Com intuito de evitar que os funcionários cheguem ao esgotamento moral, a empresa deve ter valores, código de ética e políticas de convivência bem definidas. Além disso, é essencial que ela tenha canais de denúncia para apurar casos de assédio, sexismo, racismo e homofobia, entre outros.

As lideranças também devem estar abertas a receber feedbacks dos funcionários. De acordo com a especialista, a abertura para diálogo melhora o clima organizacional e proporciona um ambiente psicologicamente seguro.

 Fonte: Jornal Metrópoles