sábado, 24 de novembro de 2018

Trabalhadores do Marfrig Bagé aprovam pauta da campanha salarial 2018/2019 em assembleia









      No final da tarde deste sábado (24), trabalhdores do Marfrig/Bagé participaram da assembleia para debater a pauta de reivindicações da campanha salarial 2018/2019 da categoria. O local foi o ginásio do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região. Após a discussão dos itens, a pauta foi aprovada por unanimidade pelos trabalhadores. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. 
      Entre as principais cláusulas para o acordo coletivo de trabalho com o Marfrig estão o pedido de reajuste salarial (reposição da inflação, mais 3% de aumento real), um piso salarial no valor de R$ 1.500,00, além de 38 novas cláusulas e a manutenção das demais cláusulas já existentes. 
      O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, e o vice-presidente, Cláudio Gomes Gonçalves, explicaram aos trabalhadores os principais pontos de discussão da pauta. Cabral reforça que a cada ano surgem novas dificuldades na mesa de negociações, tendo em vista que a empresa sempre apresenta justificativas para não conceder um reajuste salarial maior. "Por isso é fundamental a presença dos trabalhadores nas assembleias que realizamos, ainda mais que as forças políticas eleitas estão voltadas para atender aos interesses da classe patronal e visam ao desmonte do sistema sindical", alerta o presidente.
      Os dirigentes sindicais destacaram os riscos para a manutenção do emprego com a vigência da reforma trabalhista, colocando em risco conquistas garantidas nos acordos anteriores. "Tudo o que a empresa paga é porque está no acordo coletivo e muita gente não se dá conta que isso não é bondade, é fruto de muita luta do Sindicato", pondera Cabral. Entre as prioridades para o acordo, além do reajuste salarial e da elevação do piso da categoria, estão o pagamento de quinquênio e o aumento do valor do cartão-refeição. 
      Depois de realizadas as assembleias com trabalhadores do Marfrig em Hulha Negra e Bagé, agora o Sindicato irá encaminhar um ofício à empresa solicitando a primeira rodada de negociações, que deve acontecer no início de 2019. 

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

STIA/Bagé define datas para assembleias da campanha salarial para trabalhadores do Marfrig




      O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região definiu o cronograma das assembléias visando à campanha salarial 2018/2019 para trabalhadores do Marfrig Group. A pauta de reivindicações da categoria será, a exemplo de anos anteriores, definida pelos trabalhadores em dois encontros. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. 
      Para os trabalhadores do Pampeano Alimentos, de Hulha Negra a assembleia será realizada no dia 17 de novembro, com primeira chamada às 18h ( segunda chamada às 19h), no salão da nova subsede do Sindicato (Avenida Laudelino da Costa Medeiros, 1279).
      Já para os trabalhadores do Marfrig/Bagé a assembléia será dia 24 de novembro, também a partir das 18h, tendo por local o ginásio do Sindicato (Avenida São Judas Tadeu, 853). 
      De acordo com o presidente do sindicato, Luiz Carlos Cabral, a presença de trabalhadores faz-se ainda mais necessária, tendo em vista as alterações na legislação, onde mais de 100 artigos foram alterados ou suprimidos pela Reforma Trabalhista. "Precisamos da presença de todos para que possamos discutir não apenas a proposta de reajuste salarial, mas lutar por nossos direitos e manutenção de nossas conquistas, que tivemos ao longo dos últimos anos. Lamentamos que os governos façam o possível para retirar garantias históricas previstas na lei, mas agora precisamos nos mobilizar e demonstrar força para podermos negociar com a empresa", pondera Cabral. 
Posição contra fechamento do MT
      A proposta de fechamento do Ministério do Trabalho por parte do governo de Jair Bolsonaro, que inicia em janeiro de 2019, na avaliação de Cabral, vai trazer prejuízos incalculáveis. A pasta existe na estrutura do Governo Federal há 88 anos. 
      "Será um retrocesso incalculável se essa vontade do futuro presidente prosperar. O maior prejudicado é o trabalhador. Hoje, mesmo com a falta de estrutura, contamos com a boa vontade dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho. Já pensou se esse órgão deixar de existir? Há poucos anos, cerca de 20% da força de trabalho nos frigoríficos foi afastada por doenças do trabalho, imaginem se não houver fiscalização efetiva, como as forças-tarefas do MT e MPT” pondera Cabral.
      O presidente destaca que mesmo nos piores períodos da história, inclusive na ditadura militar, o Ministério do Trabalho continuou em pé. "O poder econômico quer ter o domínio de tudo. Essa é a prova da dificuldade que os trabalhadores vão ter para manter seus direitos e garantias históricas, isso é um desmonte da estrutura para atender aos interesses da classe empresarial e prejudicar o trabalhador", afirma Cabral.

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Bolsonaro anuncia que vai acabar com o Ministério do Trabalho

Presidente do STF, Dias Toffoli, e Bolsonaro - DIVULGAÇÃO


O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (7) que o Ministério do Trabalho, pasta criada há 88 anos, será incorporado "a algum ministério". Ele, porém, não informou qual. Bolsonaro deu a declaração após almoço no Superior Tribunal de Justiça (STJ), oferecido pelo presidente do tribunal e do qual também participou o juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça e Segurança Pública.
"O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum ministério", disse o presidente eleito, sem entrar em detalhes. A declaração repercutiu negativamente em diferentes setores ligados a trabalhadores. O Sindicato é uma das entidades que se manifestou contra a proposta de Bolsonaro.
Nesta terça-feira (6), em meio às especulações sobre a incoporação, o Ministério do Trabalho divulgou nota na qual afirma que a pasta "seguramente capaz de coordenar as forças produtivas" a fim de "buscar o pleno emprego e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros".
O texto destaca ainda que "O futuro do trabalho e suas múltiplas e complexas relações precisam de um ambiente institucional adequado para a sua compatibilização produtiva, e o Ministério do Trabalho, que recebeu profundas melhorias nos últimos meses, é seguramente capaz de coordenar as forças produtivas no melhor caminho a ser trilhado pela Nação Brasileira, na efetivação do comando constitucional de buscar o pleno emprego e a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros".
O Ministério do Trabalho é o responsável por elaborar políticas e diretrizes para a geração de emprego e renda, além da modernização das relações de trabalho. Além disso, a pasta também é responsável por realizar a fiscalização dos postos de trabalho; participar da elaboração de políticas salariais e de desenvolvimento profissional.

Posição
O Ministério do Trabalho existe há 88 anos. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, Luiz Carlos Cabral, o órgão já vem sendo esquecido pelos governos há anos, inclusive nas gestões do PT. Prova disso são as dificuldades enfrentadas, como falta de auditores fiscais do Trabalho, falta de estrutura operacional, entre outras dificuldades.
"Será um retrocesso incalculável se essa vontade do futuro presidente prosperar. O maior prejudicado é o trabalhador. Hoje, mesmo com a falta de estrutura, contamos com a boa vontade dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho. Já pensou se esse órgão deixar de existir? Há poucos anos, cerca de 20% da força de trabalho nos frigoríficos foi afastada por doenças do trabalho, imaginem se não houver fiscalização efetiva", pondera Cabral.
O presidente destaca que mesmo nos piores períodos da história, inclusive na ditadura militar, o Ministério do Trabalho continuou em pé. "O poder econômico quer ter o domínio de tudo. Essa é a prova da dificuldade que os trabalhadores vão ter para manter seus direitos e garantias históricas, isso é um desmonte da estrutura para atender aos interesses da classe empresarial e prejudicar o trabalhador", afirma Cabral.