sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

STIA/Bagé aguarda resposta da Marfrig para primeira reunião de negociação para Acordo Coletivo de Trabalho




O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) aguarda o retorno da Marfrig Group para a primeira rodada de negociação visando ao Acordo Coletivo de Trabalho para os empregados do frigorífico em Bagé e Hulha Negra. A pauta de reivindicações, tirada em assembleias realizadas em novembro de 2021, já está com a empresa. No entanto, até agora, não houve retorno da Marfrig para a realização do primeiro encontro entre as partes. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. 

"Ainda estamos aguardando, os trabalhadores estão ansiosos. A justificativa é de que a reunião não acontecia porque não tínhamos a inflação do período, mas agora já temos esse indicador, de 10,60%. Temos expectativa de que possamos marcar a primeira reunião de negociação o mais breve possível", ressalta o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral.

Bom momento para exportações de carne

A notícia de que Bagé exportou no primeiro mês do ano US$ 12,43 milhões (aproximadamente R$ 64 milhões) é um retrato do bom momento vivido pelo setor frigorífico. Os dados foram apurados no Comex Stat, sistema oficial de informações sobre transações comerciais internacionais. O valor é 51% superior à comercialização registrada em janeiro de 2021.

Destas exportações, a carne bovina corresponde a 62% - no total, os frigoríficos de Bagé exportaram 1.419 toneladas por US$ 7,75 milhões (R$ 40,22 milhões). Maiores compradores, os Estados Unidos adquiriram 655 toneladas por US$ 3,47 milhões (R$ 18 milhões). Já a China, principal parceira comercial do Brasil e de Bagé, adquiriu 483 toneladas de proteína animal da cidade por US$ 3,47 milhões (R$ 15,39 milhões).  

"Esses números significam aquilo que já divulgamos aos trabalhadores há muito tempo. Os lucros são maiores a cada trimestre. E é por isso que vamos para a mesa de negociação embasados nesses bons resultados das empresas para fecharmos um acordo com dignidade para o trabalhador", pondera Cabral. 

O presidente ressalta que a demora na negociação preocupa o Sindicato. Mesmo com a divulgação da inflação oficial do período, a empresa ainda não se manifestou sobre o início das negociações. 

"Não paramos de produzir durante toda a pandemia, perdemos companheiros para a Covid-19. O trabalhador é o último a ser lembrado pela empresa, embora o faturamento dela seja cada vez maior, graças à produção realizada por esses homens e mulheres que são incansáveis, mesmo lidando com o novo Coronavírus", enfatiza Cabral.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

STIA/Bagé alerta trabalhadores da alimentação para pagamento do Auxílio Escolar




      O Sindicato alerta que na folha do mês de fevereiro deve ser pago o valor referente ao auxílio escolar para trabalhadores do Pampeano Alimentos e de padarias, engenhos, laticínios, embutidos, pequenos frigoríficos e outros. No mês de março o Auxílio Escolar deverá ser pago a primeira parcela para trabalhadores do Marfrig/Bagé - a segunda parcela deve ser paga em agosto   O valor é devido pela empresa quando o empregado for matriculado em curso oficial de ensino, incluindo a Educação de Jovens e Adultos (EJA). O auxílio escolar é uma das tantas conquistas obtidas pelo sindicato nas negociações com as empresas para acordos coletivos de trabalho.  Vale destacar que os trabalhadores que têm filhos matriculados na rede oficial de ensino têm a mesma condição.

      No caso de trabalhadores do Pampeano, deve ser pago o equivalente a 50% do Piso Salarial da categoria, acrescido de 8,60% mediante comprovação de regular frequência. Já os trabalhadores de padarias, engenhos, laticínios, embutidos, pequenos frigoríficos e outros, o auxílio escolar deve ser pago em parcela única no valor equivalente a 45% do salário normativo da categoria, também mediante comprovação da frequência escolar. Cabe ressaltar que o valor é de uma cota por funcionário, não podendo ser o valor cumulativo (por exemplo: se o pai, trabalhador, estuda, não haverá pagamento de valores por conta de filhos que estudem, ou, no caso de dois ou mais filhos estarem matriculados em rede de ensino, o valor do Auxílio Escolar é pago referente à cota única).No caso do Marfrig/Bagé o pagamento em duas parcelas (março e agosto) é uma cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho.

      No caso de trabalhadores do Marfrig ou Pampeano, os filhos precisam ser menores de 18 anos. Já para trabalhadores de padarias, engenhos, laticínios, embutidos, pequenos frigoríficos e outros, o limite de idade é até 14 anos.