quarta-feira, 26 de maio de 2021

Sindicatos de trabalhadores na Alimentação reúnem-se em Pelotas para debater situação de acordos coletivos do setor




Nesta quinta-feira (27) mais de 20 sindicatos de trabalhadores nas indústrias de Alimentação de todo o Rio Grande do Sul participam de um encontro em Pelotas. A organização é da Federação Intermunicipal dos Empregados nas Indústrias e Cooperativas de Alimentação do Estado do Rio Grande do Sul (FIEICA). Entre os objetivos do encontro está a análise dos acordos coletivos de trabalho do setor da Alimentação - tanto os que estão em andamento quanto os que ainda estão por vir no decorrer de 2021.Representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins (CNTA) e da União Internacional dos Trabalhadores na Alimentação (UITA) também irão participar do encontro.

Uma das ações é o desenvolvimento de estratégias para resolver os acordos que ainda não foram acertados. Participam representando o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região o presidente, Luiz Carlos Cabral, e o vice-presidente, Cláudio Gomes Gonçalves. 

"Uma de nossas preocupação é o fato de que as empresas estão tentando forçar que, nos acordos, sejam retirados direitos dos trabalhadores, repassando apenas a inflação e achando que estão fazendo um bem aos seus empregados", ressalta Cabral. O líder sindical recorda que, por exemplo, os trabalhadores da Marfrig estão há 16 meses sem reajuste nos salários. 

domingo, 23 de maio de 2021

Marfrig paga mais de R$ 4 bi para ser maior acionista da BRF

      


      Em meio a uma negociação de Acordo Coletivo de Trabalho, com a alegação de que "não tem recursos" para dar um reajuste melhor aos trabalhadores e ainda querer tirar conquistas de anos de lutas (conquistas estas muito antes da empresa chegar por aqui) a Marfrig anunciou na última sexta-feira (21) a compra de 24,23% das ações da BRF no mercado durante toda esta semana. O valor da negociação chega a impressionantes 800 milhões de dólares, algo em torno de 4,3 bilhões reais ao câmbio de hoje. 

      A operação foi confirmada pela BRF e Marfrig em comunicados ao mercado na noite da sexta-feira, 21. Fontes próximas à Marfrig dizem que o valor foi considerado excelente, já que a BRF vinha se desvalorizando na bolsa nos últimos anos e estava valendo menos do que em 2019, quando as duas empresas chegaram a negociar uma fusão.

      Com a operação, o frigorífico do empresário Marcos Molina passa a ser o maior acionista individual da BRF, com grande poder sobre a empresa. Apesar disso, a Marfrig diz que vai se restringir a uma gestão passiva e não vai convocar assembleia para alterar o Conselho de Administração ou combinar votos. 

      O novo acionista chega com este discurso num momento em que havia uma grande insatisfação de alguns acionistas com a gestão de Pedro Parente, que está à frente do conselho da BRF desde 2018. De qualquer forma, num futuro breve, a Marfrig terá grande poder de voto na escolha da administração da companhia quando os mandatos acabarem.

      A Marfrig atua no setor de carne bovina e a BRF é o maior cliente da companhia. A BRF por sua vez produz comidas prontas e seus frigoríficos atuam nos ramos de suínos e aves.  

      "São coisas que os trabalhadores não entendem. A empresa não quer conceder um reajuste maior alegando 'perdas na pandemia', sendo que teve lucro recorde em 2020. Dizem que não tem recursos para melhorar o salário de seus empregados, mas sobram recursos para comprar outra indústria frigorífica e ampliar seus negócios. Decididamente, enquanto o trabalhador não parou de produzir durante toda a pandemia, a Marfrig não valoriza a maior base de seus lucros, que é o trabalho de seus funcionários", ressalta o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé, Luiz Carlos Cabral. 


Com base em informações do portal Veja.com

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Sindicato rejeita nova proposta da Marfrig e negociação de Acordo Coletivo segue complicada


 

 

O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) Bagé recebeu uma nova proposta da Marfrig Global Foods para o Acordo Coletivo de Trabalho entre as partes, na última sexta-feira (14). As negociações, no entanto, não tiveram avanços. A empresa oferece o reajuste da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período entre fevereiro de 2020 a janeiro de 2021 (5,53%) e uma cesta de alimentos no valor aproximado de R$ 334,00. No entanto, a Marfrig segue intransigente em mudar sua postura em relação a conquistas históricas dos trabalhadores que constam em acordos coletivos anteriores.

A proposta da Marfrig apresenta as seguintes condições:   diminuição do valor pago pelas horas-extras - hoje, 100% durante a semana e 75% aos sábados e domingos. A empresa quer uma redução para 50%. Outra proposta é a de compensar os minutos de preparo em qualquer dia da semana, setorial e individual. 

 A empresa deseja o fim da obrigação de aceitar atestados médicos do Sindicato e propõe que o retroativo (a data-base da categoria é 1º de fevereiro) seja pago em forma de abono. A proposta é válida para as unidades de Bagé e Hulha Negra. 

O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, rechaça fechar o Acordo Coletivo com a Marfrig nas condições propostas. "Sempre falamos nos lucros milionários da empresa e o trabalhador já se deu conta a respeito disso. Agora, habilitaram a exportação da planta de Alegrete para os Estados Unidos, assim como já tinha ocorrido em Bagé. Isso significa que o trabalhador está fazendo sua parte, produzindo com toda a disposição. E agora, que esse trabalhador precisa - e merece - ser valorizado, a empresa quer propor condições que prejudicam seus empregados, que tem reajuste uma única vez por ano", desabafa Cabral.

Não há previsão para uma nova rodada de negociações. "O Sindicato se dispõe a discutir cláusulas, mas não aquelas conquistadas com a luta de toda a categoria nas mesas de negociação ao longo de vários anos, como são os minutos de preparo", exemplifica Cabral. “Os trabalhadores estão há 15 meses sem reajuste nos seus salário, isso é uma vergonha”, complementa o líder sindical.

sábado, 1 de maio de 2021

Homenagem do Sindicato a todos os trabalhadores

 Parabéns a todos os trabalhadores pelo seu esforço, dedicação profissional e na luta para fazer um mundo com maior qualidade de vida a todos nós.