segunda-feira, 23 de junho de 2025

Sindicato completa 91 anos e celebra conquistas



        O dia 24 de junho de 2025 marca os 91 anos de atuação ininterrupta do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região. Uma história repleta de muitas lutas, mas também de conquistas. Nosso Sindicato é um símbolo de resistência e de diálogo, de luta e mobilização. Nesse período, testemunhas duas ditaduras (o Estado Novo, entre 1930 e 1945, e o Regime Militar, entre 1964 e 1985). 

        Precisamos enfrentar a censura dos governos, a marginalização sindical apontadas por gestões políticas nocivas à classe trabalhadora e até medidas para tentar acabar com os sindicatos. E permanecemos de pé!

        Mas, de forma especial, dessa vez vamos destacar o quanto é importante para o trabalhador contar com um sindicato atuante. Vamos pegar apenas o período entre 2010 e 2025 para você ver o quanto nossa luta valeu a pena para você e sua família. 

Pagamento do tempo para troca de uniforme




        O tempo que o trabalhador fica à disposição da empresa para troca de uniforme precisava ser pago pela empresa. Com esse entendimento, o Departamento Jurídico do Sindicato ingressou na Justiça e obteve uma indenização superior a R$ 3 milhões para os trabalhadores do Pampeano Alimentos, que foi paga em 2013. Desde 2011 esse adicional passou a ser pago após ser inserido como cláusula no acordo coletivo.

        No caso de Bagé, a situação demorou mais, devido ao envolvimento do antigo Frigorífico Mercosul  e das possibilidades de recurso da Marfrig. Mesmo assim, em 2024, o Tribunal Superior do Trabalho determinou o pagamento de um valor superior a R$ 2,5 milhões aos trabalhadores. 

Forças-tarefa nos frigoríficos



        A preocupação com o descumprimento de normas relativas à segurança e saúde do trabalhador dentro da indústria frigorífica na região levou o Sindicato a denunciar os fatos ao Ministério do Trabalho e ao Ministério Público do Trabalho. O resultado foi a realização de duas forças-tarefas que realizaram fiscalizações nas plantas de Bagé e Hulha Negra.

        Dezenas de irregularidades foram constatadas. O Ministério do Trabalho chegou a interditar os frigoríficos. Trabalhadores afastados por problemas de saúde e falta de providências  ao que estava estabelecido na NR-36 (a Norma Regulamentadora do trabalho em frigoríficos) foram os principais problemas detectados. Fato é que, a partir dali, as empresas providenciaram melhorias no ambiente de trabalho, graças à ação do Sindicato. 

Pagamento de créditos aos trabalhadores da Comercial de Alimentos Piratini



        A ação ajuizada pelo Sindicato em relação à Comercial de Alimentos Piratini está em andamento. O processo iniciou em 1993 e uma parte dos créditos trabalhistas já foi pago aos trabalhadores. No entanto, ainda restam valores a serem quitados.  A Comercial de Alimentos Piratini não tinha bens no nome dela, o que dificultou e muito o andamento da ação na Justiça. A saída foi penhorar bens em nomes dos sócios da empresa.

         Em 2018, depois de uma longa espera na Justiça, cerca de 130 trabalhadores receberam uma parte das indenizações a que tinham direito. Em 2023 mais uma etapa do pagamento de créditos foi paga.  Ainda existe uma fração de terras onde o Departamento Jurídico do Sindicato busca junto à União, que também é credora da empresa, para buscar mais valores e pagar os trabalhadores. 

A nova subsede em Hulha Negra




        Em 2013 o Sindicato reativou sua subsede no município de Hulha Negra, visando proporcionar aos trabalhadores daquele município a assistência oferecida na sede social de Bagé, com a vantagem de evitar o deslocamento dos associados e seus dependentes. 

No entanto, a estrutura, alugada, precisava ser aumentada. O Sindicato adquiriu um terreno na Avenida Laudelino da Costa Medeiros, 1279, para construir uma subsede própria. Com uma gestão voltada para melhorar a condição de atendimento aos trabalhadores, em 2019 a subsede própria foi inaugurada, em ato que contou com a presença do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA), Artur Bueno de Camargo.

E tem mais...

O Sindicato realizou muitos eventos ao longo dos anos. Uma das prioridades são as competições esportivas, com a realização de torneios. Em 2024 tivemos o primeiro torneio com participação de equipes femininos, construindo um legado histórico.

        Também ampliamos nosso atendimento médico em Hulha Negra, com os doutores Carlos Jeismann e Irina Yon. Realizamos a cada final de ano um evento para contemplar os associados que mantiverem sua mensalidade em dia. Começamos com um sorteio de brindes (o Show de Prêmios) e, desde 2024, implementamos o “Pix da Virada”, com sorteios em dinheiro para que os nossos associados contemplados  possam ter um valor extra no final de ano. 

        “Atualmente contamos com mais de 2 mil associados. E esperamos ampliar a oferta de serviços, a realização de eventos e construir um patrimônio cada vez mais sólido para o Sindicato, como é o caso do ginásio, da sede social e da subsede, algo que poucas entidades como a nossa têm”, destaca o presidente Luiz Carlos Cabral Jorge. 


quarta-feira, 18 de junho de 2025

Primeira reunião de negociação entre STIA/Bagé e sindicato patronal visando a acordo coletivo para trabalhadores de padarias, engenhos, pequenos frigoríficos e outros não tem avanços



   Nesta terça-feira (17) ocorreu a primeira reunião de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) e o sindicato patronal visando ao acordo coletivo para trabalhadores de padarias, engenhos de arroz, embutidos, pequenos frigoríficos e outros. O encontro ocorreu na sede administrativa do Grupo Peruzzo. No entanto, o encontro entre as partes terminou sem avanços.

   De acordo com o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral Jorge, as empresas ofereceram um reajuste salarial pela reposição da inflação do período pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Em assembleia os trabalhadores aprovaram a proposta de reposição da inflação, mas com aumento real. Não ficou agendada uma nova rodada de negociações.

   "Foi a primeira reunião de negociação entre as partes, mas deixamos claro que haverá necessidade de aumento real. Tivemos os reajustes do salário mínimo nacional e do piso mínimo regional em percentuais maiores, vamos lutar para isso", enfatiza Cabral. 

segunda-feira, 16 de junho de 2025

STIA/Bagé e sindicato patronal têm primeira reunião de negociação visando a acordo coletivo para trabalhadores de padarias, engenhos, pequenos frigoríficos e outros nesta terça-feira

 



    A primeira reunião de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região e o sindicato patronal, visando ao acordo coletivo de trabalho para empregados em padarias, engenhos de arroz, embutidos, pequenos frigoríficos e outros já tem data marcada. O encontro entre as partes irá ocorrer nesta terça-feira (17), a partir das 16h no setor administrativo da empresa Peruzzo.

    A data-base da categoria é 1º de junho. Os três últimos acordos coletivos de trabalho (2019/21, 21/23 e 23/25) tiveram vigência por dois anos - algo que não está decidido para 2025 e que irá depender da rodada de negociações entre as partes. Em assembleia realizada no mês de abril, os trabalhadores realizaram o pedido de reposição da inflação mais aumento real, além da manutenção das cláusulas do atual acordo em vigor.

    "Esperamos uma negociação justa para os trabalhadores. Os dois últimos acordos têm ocorrido dentro de uma normalidade, inclusive com um reajuste anual com reposição da inflação e aumento real, já que a vigência foi de dois anos. Já encaminhamos a proposta tirada em assembleia e esperamos um bom andamento para que o trabalhador receba seu reajuste no menor tempo possível", enfatiza o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral Jorge.

terça-feira, 10 de junho de 2025

STIA/Bagé realiza reunião com ex-funcionários do Frigorífico Piratini para tratar sobre situação relativa aos créditos para os trabalhadores

 



     Nesta quarta-feira (11) o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) realiza uma reunião com os trabalhadores que são credores da antiga Comercial de Alimentos Piratini. O objetivo principal é tratar sobre esclarecimentos a respeito da venda de uma área de campos que pertencem aos ex-proprietários da empresa, mas também sobre a inexistência de outros bens ou imóveis para quitar as dívidas com os empregados. O encontro está marcado para as 14h30min, na sede social do Sindicato (Rua Melanie Granier, 157). 

     A ação trabalhista do Sindicato contra a Comercial de Alimentos Piratini está em andamento desde 1993. No entanto, como explica o coordenador do Departamento Jurídico do Sindicato, Dr. Álvaro Meira, até o momento não foi possível concluir esse processo. O Sindicato busca a penhora de bens que pertençam ao sócio da empresa - incluindo outros empreendimentos onde essa pessoa é sócia. 

     "Isso tem gerado a possibilidade de muitos incidentes, promovido pelo Jurídico desse sócio. E a justiça é flexível a todos os recursos. E nesse caso, eles se referem ao bem penhorado", explica Meira.

     Existe uma fração de campos que foi penhorada e arrematada em leilão no valor de R$ 608 mil. A empresa já anunciou que vai recorrer da decisão  de venda por esse valor. O Departamento Jurídico do Sindicato já conversou com o Departamento Jurídico da empresa e será possível realizar um acordo, desde que os trabalhadores  aceitem receber esse valor e não façam nenhum outro pedido de penhora. Neste cso o processo se encerraria. 

     "Como não existem outros bens para realizar penhoras, a ideia da reunião é para dizer aos trabalhadores que há a possibilidade de fazer um acordo com o departamento jurídico da empresa , no qual se colocará fim ao processo, mediante o recebimento do valor pago pela arrematação  ou até mesmo pela adjudicação (que é o recebimento do imóvel, para venda posterior)", explica Meira. 

     "Tem sido muito desgastante aos trabalhadores os sucessivos leilões que acontecem no processo e que, todavia, pelo fato da empresa reclamada entender que o preço de venda ficou defasado, apresentar recursos em todas as instâncias judiciais, até Brasília no Tribunal Superior do Trabalho, sem que se consiga o objetivo de pagar os trabalhadores", pondera o advogado. 


quinta-feira, 29 de maio de 2025

Comunicado do Sindicato a alguns trabalhadores para comparecimento à sede social em Bagé

 


Após cobrança do Sindicato, Pampeano volta atrás e cancela suspensão do adiantamento salarial a trabalhadores que obtiveram empréstimos consignados

   No último dia 23 de maio o Sindicato publicou em suas redes sociais um alerta sobre uma decisão da Marfrig que afetou trabalhadores do Pampeano Alimentos em Hulha Negra. A empresa decidiu suspender o adiantamento salarial aos empregados que realizam o empréstimo consignado no formato CLT. Muitos trabalhadores reclamaram que a decisão não foi comunicada de forma antecipada e surpreendeu quem havia contraído o empréstimo - embora o adiantamento salarial esteja previsto no acordo coletivo de trabalho.

   Nos últimos dias, vários trabalhadores encaminharam essa reclamação ao Sindicato e questionaram junto aos delegados sindicais na empresa a preocupação com a falta de recursos financeiros para a subsistência das suas famílias.

   O Sindicato  encaminhou ofício à Marfrig solicitando que a empresa revisse sua decisão. Nesta quarta-feira, dia 28, recebemos um retorno do senhor Benedito Varaldo Nascimento, gerente de Relações Trabalhistas e Sindicais da Marfrig Global Foods, informando que a decisão foi revista e a suspensão do adiantamento foi cancelada. Ou seja; para aquelas pessoas cujo adiantamento de salário foi suspenso no último dia 20 de maio, devido a terem contraído o empréstimo consignado, a partir de junho o adiantamento voltará à normalidade. 

   "É uma boa notícia, sem dúvidas. Mas, novamente, reforçamos ao trabalhador que tenha cuidado com os consignados. Isso é uma dívida a longo prazo e, no fim das contas, é o trabalhador que paga a conta. Entretanto, o fato do Marfrig atender a demanda do Sindicato é importante para provarmos que estamos sempre em defesa dos trabalhadores", enfatiza o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Cabral Jorge. 

   Confiram a manifestação encaminhada por Benedito Nascimento ao presidente  Cabral: