quinta-feira, 7 de março de 2013

A luta da mulher por direitos e respeito


                
                 O Dia Internacional da Mulher, além da oportunidade de homenagear mães, filhas, avós, esposas, namoradas e amigas, deve ser também para reflexão. Ao longo da história há verdadeiros capítulos de horror pelos quais as mulheres passaram, dos países mais civilizados até os mais ignorantes. Até hoje sofrem discriminação no ambiente de trabalho. Ganham menos, sofrem assédio moral e sexual com mais freqüência. Embora estejam alçando cargos mais altos, demonstrando sua capacidade e inteligência, tem que fazer verdadeiros malabarismos para conseguir atender a condição de dona-de-casa, mãe, esposa – seja isso de maneira conjunta ou isolada. E isso não é tarefa para fracos.
                No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente em 1910, durante uma conferência na Dinamarca, foi decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas. É possível observar que até a elaboração da data foi difícil para as mulheres. O reconhecimento chegara mais de um século após a tragédia nos Estados Unidos. 
Hoje as mulheres ainda enfrentam muitos obstáculos. Com o avanço da indústrias e a necessidade de contratações, as mulheres foram chegando ao mercado de trabalho. Não sem passar por sofrimentos, privações, assédios. Claro que há exceções, mas grande parte delas era subjugada na capacidade e na forma de trabalhar em equipe – uma espécie de bullying laboral. Isso é possível perceber nas questões salariais, já que boa parte delas ganha menos que os homens ainda. Também nas funções de chefia. Mas o grande mal acontece dentro de casa. Os índices de violência doméstica são alarmantes. A união dos traumas físicos e psicológicos transforma a vida de mães e esposas em um inferno. Mesmo as solteiras – hoje em grande número devido às transformações da sociedade nos últimos anos – também acabam sendo agredidas de forma verbal ou mesmo sofrendo na pele as conseqüências.
Mas não houve apenas coisas ruins. A luta pelos direitos femininos avança como uma luta sindical. Primeiro foi o direito a votar. Depois, a estudar. Depois, a trabalhar. Depois, a ocupar os mesmos espaços que os homens. Agora é a luta para serem tratadas de forma digna, seja nas relações de trabalho ou na vida pessoal. E vão conseguir. Afinal, mulheres tem uma força inexplicável dentro de si. Tem a capacidade de gerar vidas. Tem uma forma de enxergar o mundo com o passar do tempo que falta aos homens – quem nunca ouviu um conselho de mãe que, cedo ou tarde, se comprovou certo?
Então é hora de homenagear a todas. Porque são batalhadoras, guerreiras, tem fibra quando é preciso e sabem transmitir a ternura na hora certa. 

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