quinta-feira, 23 de outubro de 2014

STIA rebate Marfrig e afirma que criação de Banco de Horas nunca foi debatida

           
       A informação de que o Marfrig Group estaria com negociações avançadas junto aos trabalhadores para criação de um Banco de Horas na empresa provoca indignação no Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região. A notícia divulgada pelo Marfrig é rechaçada pelo presidente da entidade, Luiz Carlos Cabral. “O Banco de Horas é um mecanismo que já foi repudiado pela categoria há alguns anos e não aceitamos a sua criação”, destaca Cabral.
      O Marfrig divulgou que o Banco de Horas estaria em negociações adiantadas com trabalhadores das unidades da empresa em Alegrete, Bagé e São Gabriel. Durante a manhã deste dia 23 de outubro, muitas pessoas compareceram ou ligaram para o Sindicato para saber a veracidade da informação e que tipo de negociação estaria em andamento. “Condenamos esta atitude do Marfrig. Se eles querem algum tipo de vantagens em negociações com os governos estadual ou federal, que não utilizem o trabalhador como moeda de troca. Consideramos o Banco de Horas uma volta aos tempos da escravidão”, dispara Cabral.
      O tema sequer foi abordado nas reuniões de dissídio coletivo nos últimos anos. Cabral reforça que o Banco de Horas já fora rejeitado em assembléias. Se a proposta do Marfrig for encaminhada de forma oficial, o tema será debatido em assembléia e os empregados da empresa é que irão decidir. “Temos certeza que os maiores interessados, que são os trabalhadores, não irão aceitar. Os grandes grupos têm incentivos, como o programa Agregar/RS, benefícios fiscais, além de financiamentos pesados junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) a juros baixíssimos e agora querem ganhar em cima do trabalhador. Esse assunto nunca foi tratado com o Sindicato”, ressalta Cabral.

Nenhum comentário:

Postar um comentário