segunda-feira, 6 de outubro de 2014

STIA/Bagé começa a pagar última parcela dos créditos para troca de uniforme relativa ao Pampeano Alimentos

Pagamentos foram realizados em Bagé e na subsede de Hulha Negra

      O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) começa a efetivar nos próximos dias o pagamento da última parcela referente ao processo trabalhista referente  ao tempo utilizado pelos empregados do frigorífico Pampeano/Marfrig em Hulha Negra para a troca de uniforme de trabalho e registro do ponto. De acordo com o presidente da entidade, Luiz Carlos Cabral, 1.150 trabalhadores foram beneficiados com a decisão, em um valor total de R$ 3 milhões, pagos em 13 parcelas.
      A data para início do pagamento  da última parcela ainda não está definida, tendo em vista a greve dos trabalhadores nas agências bancárias. A vitória na ação é considerada um marco pela entidade. Conforme o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, o processo é resultado de uma iniciativa do sindicato em benefício dos trabalhadores. "Em um momento de dificuldade financeira para muitas pessoas, mais de mil trabalhadores foram beneficiados por algo que não esperavam. Nossa missão é defender os trabalhadores e buscar seus direitos, e é o que estamos fazendo, embora alguns não valorizem sua entidade de classe", desabafa Cabral. 
          A Justiça constatou que havia um tempo gasto à disposição da empresa que não era pago aos trabalhadores, que permanecem à disposição da empresa por mais 30 minutos diários, sendo 15 na entrada e 15 na saída.  A partir de então, o Pampeano Alimentos foi obrigado a considerar esse período como horas-extras a 50%, bem como adicionar o cálculo  na gratificação natalina (13º salário), férias com um terço e FGTS. A decisão é retroativa a 2005 para os trabalhadores arrolados na ação, já que desde junho de 2011 o adicional é incluído na folha de pagamento por força de Acordo Coletivo de Trabalho. 
Marfrig/Bagé 
         Ação semelhante já foi julgada favorável aos trabalhadores do Marfrig em Bagé. O processo está em grau de recurso junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) em Brasília. "Lamentamos que a empresa procure ganhar tempo para não pagar valores aos quais os trabalhadores têm direito, mas lutamos para que em breve tenhamos uma solução favorável ao pessoal de Bagé", reforça o presidente. 

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