quarta-feira, 14 de novembro de 2018

STIA/Bagé define datas para assembleias da campanha salarial para trabalhadores do Marfrig




      O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região definiu o cronograma das assembléias visando à campanha salarial 2018/2019 para trabalhadores do Marfrig Group. A pauta de reivindicações da categoria será, a exemplo de anos anteriores, definida pelos trabalhadores em dois encontros. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. 
      Para os trabalhadores do Pampeano Alimentos, de Hulha Negra a assembleia será realizada no dia 17 de novembro, com primeira chamada às 18h ( segunda chamada às 19h), no salão da nova subsede do Sindicato (Avenida Laudelino da Costa Medeiros, 1279).
      Já para os trabalhadores do Marfrig/Bagé a assembléia será dia 24 de novembro, também a partir das 18h, tendo por local o ginásio do Sindicato (Avenida São Judas Tadeu, 853). 
      De acordo com o presidente do sindicato, Luiz Carlos Cabral, a presença de trabalhadores faz-se ainda mais necessária, tendo em vista as alterações na legislação, onde mais de 100 artigos foram alterados ou suprimidos pela Reforma Trabalhista. "Precisamos da presença de todos para que possamos discutir não apenas a proposta de reajuste salarial, mas lutar por nossos direitos e manutenção de nossas conquistas, que tivemos ao longo dos últimos anos. Lamentamos que os governos façam o possível para retirar garantias históricas previstas na lei, mas agora precisamos nos mobilizar e demonstrar força para podermos negociar com a empresa", pondera Cabral. 
Posição contra fechamento do MT
      A proposta de fechamento do Ministério do Trabalho por parte do governo de Jair Bolsonaro, que inicia em janeiro de 2019, na avaliação de Cabral, vai trazer prejuízos incalculáveis. A pasta existe na estrutura do Governo Federal há 88 anos. 
      "Será um retrocesso incalculável se essa vontade do futuro presidente prosperar. O maior prejudicado é o trabalhador. Hoje, mesmo com a falta de estrutura, contamos com a boa vontade dos auditores fiscais do Ministério do Trabalho. Já pensou se esse órgão deixar de existir? Há poucos anos, cerca de 20% da força de trabalho nos frigoríficos foi afastada por doenças do trabalho, imaginem se não houver fiscalização efetiva, como as forças-tarefas do MT e MPT” pondera Cabral.
      O presidente destaca que mesmo nos piores períodos da história, inclusive na ditadura militar, o Ministério do Trabalho continuou em pé. "O poder econômico quer ter o domínio de tudo. Essa é a prova da dificuldade que os trabalhadores vão ter para manter seus direitos e garantias históricas, isso é um desmonte da estrutura para atender aos interesses da classe empresarial e prejudicar o trabalhador", afirma Cabral.

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