terça-feira, 27 de agosto de 2019

Há mais de dois anos STIA e Sindicato das Indústrias na Alimentação não fecham acordo para setor de padarias, engenhos, laticínios, embutidos e pequenos frigoríficos



      Na última semana, mais uma vez a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Regão e o Sindicato das Indústrias na Alimentação se reuniram  para debater sobre o Acordo Coletivo de Trabalho para o setor de padarias, engenhos, laticínios, embutidos, pequenos frigoríficos e outros. As parte não chegaram a um acordo. 
      As empresas propõem um reajuste linear de 1.76% que seria a inflação do período de 1 de junho de 2017 a 31 de maio de 2018 e um reajuste linear de 4.78% que seria a inflação do período de  1 de junho de 2018 a 31 de maio de 2019. As empresas também propõem um piso salarial de R$ 1.311,00 – a partir de 1 de junho de 2019, a implantação do Banco de Horas, com no máximo de 40 horas mensais, limitadas a duas horas diárias. o não pagamento das horas trabalhadas em domingos e feriados, que hoje são pagas com 100% e dar as folgas em dias da semana, jornada de 8 horas, com intervalo de 30 minutos intrajornadas para as funções de engenho: caldeira, usina, parborização e secagem nos engenhos de arroz. 
      Já o STIA aceita o índice proposto dos reajustes lineares oferecidos pelas empresas. Os trabalhadores pedem ainda um Piso Salarial de R$ 1.315,00 e a
a manutenção das demais cláusulas. Entretanto, o Sindicato rejeita quaisquer alterações que prejudiquem os trabalhadores em relação ao Banco de Horas e não pagamento de horas-extras com  100% em domingos, feriados e dias compensados. O Sindicato também quer a vigência do Acordo Coletivo por dois anos (até 31 de maio de 2021), com reposição de 100% do INPC, acrescido de 1% de aumento real por ano (2020 e 2021), item aceito pelo sindicato patronal, mas apenas com a reposição da inflação.   
      O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, destaca que o sindicato patronal tem se mostrado intransigentes no momento da negociação. O líder sindical aponta que a redução de direitos dos trabalhadores torna as negociações ainda mais difíceis. "e não bastasse tudo isso, a classe empresarial, especialmente a de Bagé, no setor da alimentação, só falta querer que o trabalhador pague para trabalhar", ressalta.  "Direitos não se reduzem, se ampliam. É por isto que o Sindicato rejeitou estas propostas absurdas e não houve acordos nos dissídios, isto eles não falam para os trabalhadores", afirma Cabral. .
      O Dissídio Coletivo referente a 2018 está ajuizado no Tribunal Regional do Trabalho, em Porto Alegre. A data-base da categoria é 1º de junho. Não há data para uma nova rodada de negociações entre as partes. 

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