quinta-feira, 4 de maio de 2023

Sindicatos de trabalhadores na alimentação de Bagé e São Gabriel voltam a ter rodada de negociações para acordo coletivo com Marfrig dias 8 e 9 de maio

Única rodada de negociação aconteceu no começo de março em São Gabriel - Arquivo STIA Bagé



Após mais de dois meses da única reunião de negociação realizada entre os sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Bagé e São Gabriel com a Marfrig Group, em 3 de março, haverá uma nova rodada para discutir as cláusulas do acordo coletivo de trabalho entre as partes. O encontro vai acontecer nos dias 8 e 9 de maio na sede do STIA/Bagé. 

Os sindicatos esperavam uma resposta da empresa quanto à proposta encaminhada na rodada de negociações de março. A Marfrig propôs a alteração em cláusulas que fazem parte do patrimônio dos trabalhadores, como reduzir o valor pago das horas extras, reduzir o percentual pago como adicional noturno, cobrar pelo valor do transporte, entre outras. Além disso, a proposta de reajuste salarial foi de 4%, enquanto que a inflação acumulada no período foi de 5.71%.

"Essa proposta da empresa representa um retrocesso e também uma falta de respeito aos trabalhadores". afirma o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral Jorge. 

A proposta entregue pelos sindicatos consiste em um reajuste que contemple a reposição da inflação mais  um aumento real de 3%, quinquênio, pagamento dos meses com 31 dias, participação nos lucros e resultados e a manutenção das demais cláusulas.

Na última semana de abril a Pampeano Alimentos recebeu a visita de uma equipe de auditores da empresa BRC para verificar as condições da indústria. Com a sinalização positiva pelos técnicos da BRC permite à Pampeano seguir exportando para o mundo inteiro.

O Marfrig/Bagé também recebeu a visita de inspetores sanitários do México. A intenção era permitir que a planta frigorífica fosse habilitada para exportar carne para os países da América do Norte. Ao final, a habilitação foi aprovada.

"Nos congratulamos com a empresa, pois isso significa que aumentando as exportações, temos a expectativa da geração de novos empregos e divisas para os municípios onde as plantas frigoríficas estão instaladas. Mas é um contrassenso que uma multinacional não reconheça o empenho e a dedicação de seus trabalhadores, que estão há mais de 15 meses sem reajuste nos salários. Esperamos, sinceramente, que isso venha a ser valorizado na próxima rodada de negociações que vamos ter", afirma Cabral. 

O líder sindical enfatiza que os dois dias de negociação serão determinantes. "Se o resultado da reunião não for positivo, com certeza os trabalhadores serão chamados para decidir", alerta Cabral. 

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