domingo, 21 de julho de 2024

Mais de 400 trabalhadores participam de reunião sobre pagamento de ação judicial do STIA referente ao tempo para troca de uniforme no Marfrig/Bagé

 












   O ginásio do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) recebeu um grande público na manhã de sábado (20) para a reunião a respeito do pagamento da ação referente ao tempo para troca de uniforme. O objetivo do Sindicato foi repassar orientações e os procedimentos para agilizar que os trabalhadores beneficiados conhecessem as etapas do processo judicial, os valores que serão pagos e as etapas que o Sindicato ainda irá buscar na Justiça novos pagamentos.

   Os créditos que serão pagos agora são referentes ao período entre janeiro de 2010 a maio de 2011 - após essa data, o pagamento de horas-extras para troca de uniforme, por pressão do Sindicato, passou a constar como cláusula do acordo coletivo de trabalho. São cerca de R$ 2,5 milhões que serão pagos a aproximadamente 1.200 trabalhadores. A previsão, de acordo com o coordenador do Departamento Jurídico do STIA/Bagé, Álvaro Meira, é que os pagamentos comecem a ser feitos na primeira semana de agosto.  

   Em sua manifestação, o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral Jorge, ressaltou a importância do Sindicato na ação, que levou mais de uma década para poder ser paga. E, por vitórias como essa, a importância do trabalhador em fortalecer o Sindicato - o que resulta, além das conquistas no Judiciário, em serviços à disposição dos associados e seus dependentes, avanços na  proteção do trabalhador dentro das empresas e maior proteção à saúde dos empregados.

   "Tudo aquilo que vem em prejuízo ao trabalhador, nós vamos correr atrás na Justiça. Esse foi um dos casos, onde o empregado ficava à disposição da empresa a partir do momento em que entra no portão da empresa. E esse tempo não era pago. Desde que ingressamos com a ação, lutamos para incluir esse tempo para troca de uniforme como cláusula no acordo e, com muita pressão e a agilidade do nosso Departamento Jurídico, conseguimos essa conquista", explicou o líder sindical.

   Meira ressaltou a importância das ações, as dificuldades devido às possibilidades de recurso por parte da empresa e, na mesma linha de Cabral, reforçou que apenas um Sindicato fortalecido pela participação dos trabalhadores consegue buscar direitos que, muitas vezes, resultam em batalhas jurídicas. "Essa ação tramitou em Bagé, Porto Alegre e Brasília, com idas e vindas. E depois de tanto tempo, podemos dizer que o pagamento desses valores é motivo de celebração para todos nós", ressaltou.

   O advogado pondera que o chamamento para que os trabalhadores fossem munidos da chave PIX é importante para agilizar o recebimento dos valores. No entanto, na reunião, também foram registrados casos de pessoas que não estão na relação de contemplados. 

   "Os trabalhadores que tem anotado na Carteira de Trabalho o vínculo com a Marfrig entre 2010 e 2011 e que não estão na lista do Sindicato, devem tirar uma cópia dessas anotações, onde consta inclusive a qualificação deles. e levar no Sindicato para que possamos, com a maior urgência possível, pedir à Justiça do Trabalho que essas pessoas sejam incluídas na relação", ressalta Meira. 


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