domingo, 10 de dezembro de 2017

Trabalhadores de Hulha Negra debatem reformas e aprovam pauta da campanha salarial 2018 para acordo com Marfrig




















      Apesar do calor (a temperatura ultrapassava os 30 graus na hora do evento), um bom número de trabalhadores do Marfrig compareceu à subsede do  Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, em Hulha Negra, neste dia 9. A nova subsede, na Avenida Laudelino da Costa Medeiros, 1279, sediou a segunda assembleia da campanha salarial 2018. Desde 2013 o Sindicato atua com a proposta de descentralizar os encontros, proporcionando aos trabalhadores a discussão dentro de suas principais área de atuação profissional. 
      A diretoria do Sindicato apresentou os principais pontos da discussão referente ao acordo coletivo de trabalho para o próximo ano - a data-base dos trabalhadores do Marfrig é 1º de fevereiro. Foram colocados em discussão 54 itens nas cláusulas preexistentes e 21 itens de cláusulas novas. Entre os principais pedidos para o acordo coletivo de 2018 estão um piso salarial no valor de R$ 1.500,00 (o valor atual é R$ 1.234,52), pagamento de horas extras no valor de 100% das horas normais e o pagamento de 150% sobre o valor da hora normal para trabalho em domingos, feriados e dias compensados. 
Subsede
      Durante a assembleia, o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Cabral explanou aos trabalhadores sobre as obras na subsede. Destacou a importância do investimento para melhor atender aos trabalhadores hulhanegrenses, a melhora na oferta de serviços e a valorização do patrimônio do Sindicato. "Tudo o que fazemos é em benefício do trabalhador e de sua família. Isso é fruto da contribuição do nosso associado. Hoje temos uma estrutura muito boa em Bagé, com a sede social e o ginásio, agora estamos aumentando esse patrimônio do trabalhador com o investimento na obra da subsede", pondera o presidente. 
Reformas
      Na assembleia,  o presidente debateu com os trabalhadores a situação com a entrada em vigor das mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho após a aprovação do projeto do governo Temer. "Querem enfraquecer o Sindicato e retirar os direitos dos trabalhadores. Precisamos estar mobilizados contra isso e lutar com todas as forças para conscientizar a todos que as reformas não tem nada de benéficas, como a grande mídia e o governo querem passar à população", reforça Cabral. 
      O líder sindical ressalta a necessidade de mobilização dentro das fábricas como forma de passar informações sobre os procedimentos que podem ser adotados pelas empresas. "Com essa famigerada reforma trabalhista, as empresas vão querer pressionar o trabalhador a assinar documentos que impeçam a busca por seus direitos. Orientamos que não assinem nada e que procurem o Sindicato em qualquer situação dessas", afirma Cabral. 
      A missão para a nova diretoria, que tomou posse em novembro, é conscientizar o trabalhador de que a tentativa de enfraquecimento do Sindicato só pode ser revertida com a união de todos. "Estamos vivendo um momento delicado. Precisamos do apoio dos trabalhadores para garantir nossas conquistas porque as empresas vão tentar mexer nos nossos direitos", frisa o vice-presidente do Sindicato, Cláudio Gonçalves,. "O Sindicato é a arma que o trabalhador tem para defendê-lo e precisamos de apoio", complementa.  "Toda essa luta é para resultar em melhores condições de trabalho e, por conseqüência, a qualidade de vida dos trabalhadores", acrescenta Cabral. 

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