Apesar do calor (a temperatura ultrapassava os 30 graus na hora do evento), um bom número de trabalhadores do Marfrig compareceu à subsede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, em Hulha Negra, neste dia 9. A nova subsede, na Avenida Laudelino da Costa Medeiros, 1279, sediou a segunda assembleia da campanha salarial 2018. Desde 2013 o Sindicato atua com a proposta de descentralizar os encontros, proporcionando aos trabalhadores a discussão dentro de suas principais área de atuação profissional.
A diretoria do Sindicato apresentou os principais pontos da discussão referente ao acordo coletivo de trabalho para o próximo ano - a data-base dos trabalhadores do Marfrig é 1º de fevereiro. Foram colocados em discussão 54 itens nas cláusulas preexistentes e 21 itens de cláusulas novas. Entre os principais pedidos para o acordo coletivo de 2018 estão um piso salarial no valor de R$ 1.500,00 (o valor atual é R$ 1.234,52), pagamento de horas extras no valor de 100% das horas normais e o pagamento de 150% sobre o valor da hora normal para trabalho em domingos, feriados e dias compensados.
Subsede
Durante a assembleia, o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Cabral explanou aos trabalhadores sobre as obras na subsede. Destacou a importância do investimento para melhor atender aos trabalhadores hulhanegrenses, a melhora na oferta de serviços e a valorização do patrimônio do Sindicato. "Tudo o que fazemos é em benefício do trabalhador e de sua família. Isso é fruto da contribuição do nosso associado. Hoje temos uma estrutura muito boa em Bagé, com a sede social e o ginásio, agora estamos aumentando esse patrimônio do trabalhador com o investimento na obra da subsede", pondera o presidente.
Reformas
Na assembleia, o presidente debateu com os trabalhadores a situação com a entrada em vigor das mudanças na Consolidação das Leis do Trabalho após a aprovação do projeto do governo Temer. "Querem enfraquecer o Sindicato e retirar os direitos dos trabalhadores. Precisamos estar mobilizados contra isso e lutar com todas as forças para conscientizar a todos que as reformas não tem nada de benéficas, como a grande mídia e o governo querem passar à população", reforça Cabral.
O líder sindical ressalta a necessidade de mobilização dentro das fábricas como forma de passar informações sobre os procedimentos que podem ser adotados pelas empresas. "Com essa famigerada reforma trabalhista, as empresas vão querer pressionar o trabalhador a assinar documentos que impeçam a busca por seus direitos. Orientamos que não assinem nada e que procurem o Sindicato em qualquer situação dessas", afirma Cabral.
A missão para a nova diretoria, que tomou posse em novembro, é conscientizar o trabalhador de que a tentativa de enfraquecimento do Sindicato só pode ser revertida com a união de todos. "Estamos vivendo um momento delicado. Precisamos do apoio dos trabalhadores para garantir nossas conquistas porque as empresas vão tentar mexer nos nossos direitos", frisa o vice-presidente do Sindicato, Cláudio Gonçalves,. "O Sindicato é a arma que o trabalhador tem para defendê-lo e precisamos de apoio", complementa. "Toda essa luta é para resultar em melhores condições de trabalho e, por conseqüência, a qualidade de vida dos trabalhadores", acrescenta Cabral.
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