quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Trabalhadores do Pampeano questionam “racionamento” de carne oferecida no refeitório da empresa




Constantemente o Sindicato cobra melhorias no refeitório do Pampeano Alimentos, em Hulha Negra. O principal fator de reclamação dos trabalhadores é sobre a quantidade de carne oferecida nas refeições. Quando é bife, o pedaço é mais fino que uma sola de sapato. E quando a carne é em tiras ou retalhos, na hora de servir a pessoa que faz isso dá uma “peneirada” para que a quantidade no prato seja menor. 


“Pensávamos que Hulha Negra tinha racionamento só de água. Mas, não. Tem racionamento de carne também para os trabalhadores do Pampeano nas suas refeições”, enfatiza o presidente do Sindicato, Luiz Carlos Cabral. 


Isso é inadmissível. Em uma empresa que ganha premiações no setor de alimentos no Brasil – recentemente as revistas Exame, Globo Rural e o jornal Valor Econômico concederam prêmios à Marfrig por conta desse desempenho – os trabalhadores recebem uma espécie de racionamento do principal produto que é motivo dessas premiações: a carne. Recentemente a Marfrig pagou milhões de reais para veicular uma propaganda em horário nobre na Rede Globo para mostrar ao país o desempenho no setor produtivo. Graças, aliás, à capacidade de produção dos seus empregados.


De acordo com informações obtidas pelo Sindicato, a carne chega de forma normal ao Pampeano, mas passa por um fatiador para “render mais” e fazer com que o trabalhador receba um pedaço insignificante para seu sustento.  “Se não estivéssemos testemunhando de perto essa situação não daria para acreditar. Uma das maiores empresas do setor frigorífico mundial oferece um pedaço de carne insignificante ao seu empregado na hora da refeição. Em pleno século XXI o trabalhador precisa quase mendigar para ter um pedaço de carne maior no seu prato”, ressalta Cabral. 


Há relatos de trabalhadores que há um refeitório paralelo, para cargos superiores, chefias, diretores, com carne à vontade. Por que essa discriminação? Aqueles que realmente produzem, dão o sangue e o suor pela empresa, não têm o mesmo privilégio?

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