segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Depois da mobilização do STIA/Bagé contra demissões, Marfrig volta a contratar na região

Depois da preocupação com o momento de demissões nas unidades do grupo Marfrig em Bagé e Hulha Negra, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação percebe mudanças no panorama. Embora o presidente da entidade, Luiz Carlos Cabral, destaque que o ritmo é lento e o processo ocorre em número reduzido, algumas contratações já estão sendo realizadas pelos frigoríficos. Cerca de 10 trabalhadores foram admitidos na unidade de Bagé e 30 em Hulha Negra nos últimos dias.

De acordo com Cabral, houve inclusive o aumento da oferta de animais para abate. Por outro lado, a informação traz preocupação ao sindicato. “Estão limitando o número de abates porque o número de funcionários é reduzido. O problema é que em alguns setores os trabalhadores estão, exercendo duas ou três funções, resultando em sobrecarga, fadiga,  lesões e em alguns casos encaminhamentos para a Previdência Social”, salienta o presidente do STIA. O assunto, inclusive, foi tratado em recente encontro com a direção do Marfrig Bagé.
O Sindicato, conforme Cabral, não tem poder de ingerência nas  demissões, mas quando elas acontecem em grande número a situação afeta toda a comunidade regional. Os frigoríficos estão entre os maiores empregadores da Campanha gaúcha. “Cabe a nós cobrarmos o porquê destas demissões acima da rotina. Afinal, as grandes empresas recebem incentivos dos governos, inclusive 40% do valor emprestado pelo BNDES tem origem no Fundo de Amparo ao Trabalhador. Sem falar nos programas desenvolvidos pelo Governo do Estado. O que se espera, no mínimo, é que os grupos cumpram com o seu papel social, de manter os empregos”, afirma Cabral.


Jornalista responsável: Emanuel Müller
MTE  9810
Assessoria de Comunicação Social – STIA/Bagé

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