quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ex-funcionários do Frigorífico Piratini realizam manifestação em frente à Justiça do Trabalho



Cerca de 60 ex-funcionários do antigo Frigorífico Piratini realizaram na tarde desta terça-feira (30 de agosto) um protesto em frente ao prédio da Justiça do Trabalho em Bagé. No local ocorreu a audiência de conciliação entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e a direção da empresa. Com faixas e cartazes, os trabalhadores pediam agilidade na resolução do processo, que já dura mais de 19 anos. Em 1992, o frigorífico fechou as portas, deixando 139 funcionários sem emprego. Até hoje alguns sequer tiveram a baixa na Carteira de Trabalho.
Muitos cidadãos buscam receber os valores devidos pela empresa às sucessões. É o caso de Zula Mar Moreira, que atuava no setor de miudezas do Piratini. O marido, Jaire Moreira, também ex-funcionário do frigorífico, morreu esperando a sentença. “Estamos cansados. São anos de reuniões, audiências e nada. Decidimos mobilizar o pessoal para que a Justiça nos dê uma esperança de dar um fim nessa espera”, afirma Zula Mar.
A audiência foi presidente pelo juiz do Trabalho, Jarbas Marcelo Reinicke. O ex-proprietário do frigorifico, Odoaldo Aldado, esteve presente na audiência. Representando os trabalhadores estiveram o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, o advogado do Sindicato, Álvaro Meira, além de um grupo de ex-funcionários. Como a empresa foi taxativa em afirmar a impossibilidade de acordo, foi marcado o julgamento da ação para o dia 8 de setembro.
O presidente do STIA destacou a importância da iniciativa dos trabalhadores em sensibilizar o Judiciário com a ação. “Estas pessoas estão de parabéns porque tiveram seus direitos negados e estão buscando receber os valores a que tem direito de forma pacífica e se mobilizando”, ressalta Cabral.
Tão logo a audiência foi encerrada, Meira e Cabral reuniram-se com os trabalhadores para explicar o que havia ocorrido. O valor já depositado em juízo referente à ação está ao redor de R$ 250 mil. “Acredito que, do jeito que está a ação, os trabalhadores irão vencer a causa”, salientou o advogado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário