Se não houver acordo, categoria poderá decretar estado de greve
De acordo com Cabral, a categoria aguarda o reajuste há 13 meses. "Nesse tempo todos os produtos subiram de preço, o poder de compra da população inteira diminuiu e agora o Marfrig, que recebe milhões de reais em incentivos e financiamentos, se nega a apresentar uma proposta digna aos trabalhadores", manifesta o presidente. "Até o momento não foi possível o fechamento do acordo coletivo de trabalho porque o Marfrig Group insiste com propostas que não atendem as reivindicações dos trabalhadores de Bagé e Hulha Negra", critica o presidente.
A proposta apresentada pelo Marfrig é de uma reposição de 7.5% - válido também para o Piso Normativo da categoria e demais cláusulas econômicas, além da manutenção das demais cláusulas. "Outras categorias já tiveram reposições salariais com índices entre 10% a 12%. O Marfrig recebe incentivos pesados dos governos federal e estadual e não apresenta uma proposta condizente com a necessidade dos trabalhadores. Cerca de 90% da carne produzida pela empresa é exportada. Ou seja, eles recebem em dólar e como a cotação está alta o Marfrig está muito bem valorizado", acrescenta Cabral.
Os sindicatos propõem um reajuste de 9,5% e um Piso Normativo de R$ 875,00, além da manutenção das demais cláusulas. A direção do Sindicato de Bagé estará levando a proposta do Marfrig aos trabalhadores, em assembléia na porta da fábrica. A tendência, por sondagens que estão sendo realizadas dentro das plantas frigoríficas, é que a iniciativa da empresa seja rejeitada. "Se for confirmada a rejeição à proposta do Marfrig estaremos deliberando sobre a possibilidade de decretar estado de greve", reforça Cabral. A data da mobilização será definida nos próximos dias. Não ficou estabelecido um novo encontro com a direção do Marfrig.
Nenhum comentário:
Postar um comentário