quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Sindicatos mobilizados para evitar suspensão de abates do Marfrig a partir de setembro em Alegrete



O Marfrig vai suspender temporariamente os abates na unidade de Alegrete (RS), a partir de 1º de setembro. De acordo com nota divulgada pela empresa, as 1.500 cabeças abatidas diariamente no Estado serão escoadas para as unidades de Bagé e de São Gabriel. A planta de Alegrete abate entre 500 e 600 animais ao dia e emprega 680 pessoas. Por enquanto, não há confirmação de demissões.

Integrantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé, incluindo o presidente da entidade, Luiz Carlos Cabral, estão em Alegrete onde acompanham os desdobramentos sobre os fatos. 

O assessor Fernando Velloso, da Agropecuária FF Velloso e Dima Rocha, explica de que forma esta suspensão irá impactar na indústria a médio e longo prazo:

– É uma notícia muito ruim porque todos os números do mercado da agropecuária de corte são positivos nesse ano no Brasil. Apesar de a unidade abater hoje em torno de 600 animais, tem capacidade para abater mil animais por dia; para a indústria gaúcha, configura uma das maiores plantas do Estado. Com certeza haverá redução da demanda do gado, especialmente em Alegrete, que é o município com o maior rebanho bovino do Estado.

O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria de Alimentação de Alegrete entregou nesta quarta, dia 20, a representantes do governo do Estado, um documento contestando as demissões anunciadas pelo frigorífico Marfrig. O Sindicato foi informado pela Marfrig que a fábrica encerraria suas atividades no dia primeiro de setembro, e que todos os funcionários seriam demitidos, mas que a companhia manteria a estrutura arrendada, com a expectativa de reabrir em outro momento.

O presidente do STIA/Alegrete, Marcos Rosse, deve receber ainda nesta quinta-feira o secretário de Agricultura e Pecuária do Estado, Cláudio Fioreze, que agendou reunião no Sindicato da Alimentação. Na sexta-feira, Rosse estará em Porto Alegre novamente para reunião no Ministério do Trabalho, a chamado, para tratar sobre o processo de conciliação.

A assessoria de imprensa da Marfrig declarou que o fechamento da planta é temporário, mas que não há previsão de quando ela vai ser reaberta. A empresa disse que vai tratar o quadro de funcionários dentro da lei. A Marfrig afirmou ainda as duas fábricas de carne que serão mantidas no Rio Grande do Sul vão ter aumento de produção significativa nos próximos meses.

Com informações do Canal Rural e do perfil do Sindicato de Trabalhadores da Alimentação de Alegrete no Facebook

Confira matéria de repercussão nacional sobre o assunto, veiculada no Canal Rural (disponível em parabólica ou por cabo): http://videos.ruralbr.com.br/canalrural/video/jornal-da-pecuaria/2014/08/sindicato-dos-trabalhadores-contestam-demissoes-anunciadas-pelo-marfrig/92190/

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