quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Demora no acordo coletivo para setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos preocupa STIA/Bagé

Dirigentes dos dois sindicatos não chegaram a acordo e decisão pode parar no TRT em Porto Alegre
      A negociação do acordo coletivo de trabalho 2014/2015 para os setores de padarias, engenhos de arroz, laticínios, pequenos frigoríficos e outros segue sem avanços significativos. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e o Sindicato das Indústrias na Alimentação não chegaram ao acordo até o momento, após a realização de três encontros. A data-base dos trabalhadores é 1º de junho.
      A proposta do STIA é de um reajuste geral de 10%, um piso normativo de R$ 940,00 e a manutenção do piso normativo ao Piso Mínimo Regional (nunca inferior a este). Outra reivindicação da categoria é quanto ao pagamento de salário profissional nos engenhos de arroz, no valor de dois pisos normativos, para as funções de secadorista, mecânico, soldador, eletricista, balanceiros, molineiro, laboratoristas, foguistas e Caldeirista.
      Já o sindicato patronal apresentou como propostas um reajuste geral de 8% e o piso normativo de R$ 940,00. Entretanto, a proposta está condicionada à desvinculação do Piso Normativo do Piso Regional - o que o Sindicato rechaça. Também propõe o não-pagamento das horas extras com 100% nos domingos, feriados e dias compensados e a inclusão do banco de horas.
      O vice-presidente do STIA/Bagé, Cláudio Gomes Gonçalves, reforça que a cada negociação dos dissídios os trabalhadores procuram avançar, aprimorar e adequar as conquistas já existentes enquanto que a proposta patronal apresenta retrocessos. "A classe patronal tem seus produtos reajustados quase que diariamente, enquanto os trabalhadores esperam um ano para ter um reajuste no seu produto que é a força do seu trabalho", pondera Gonçalves.
      Os representantes dos trabalhadores, entretanto, não descartam a possibilidade de ajuizar o dissídio coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, em Porto Alegre. Apesar disso, a diretoria do STIA afirma que continua aberto ao diálogo nas negociações.


Nenhum comentário:

Postar um comentário