quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Atendimento precário a trabalhadores por parte de órgãos governamentais preocupa STIA/Bagé

         A ausência de fiscais do Ministério do Trabalho em Bagé, as dificuldades para encaminhamento do seguro-desemprego causa preocupação ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA). De acordo com o presidente da entidade, Luiz Carlos Cabral, o problema é constatado pelos trabalhadores que, muitas vezes, não sabem a quem recorrer. “No Ministério do Trabalho o problema é antigo, parecia resolvido, mas agora um dos auditores foi embora. O que fica aqui é sobrecarregado e isso prejudica a fiscalização das denúncias, principalmente em casos de acidente de trabalho”, ressalta Cabral.
              Em setembro de 2008 o Sindicato tornou público nos meios de comunicação de Bagé e região o descontentamento com a falta de auditores fiscais do Ministério do Trabalho na região de abrangência da Subdelegacia regional – composta por sete municípios. Após anos de mobilização de várias categorias de trabalhadores, o problema começou a ser amenizado. Com o envio de ofícios até ao então ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em 2012 Bagé passou a contar com o serviço de três auditores fiscais – ao invés de apenas um, como era anteriormente. “Lamentavelmente, entra governo e sai governo e o problema continua, parece que não há intenção de resolver essa situação”, assinala o presidente.
            Outro problema detectado pelos trabalhadores e encaminhado ao STIA é em relação ao encaminhamento do Seguro-Desemprego. Muitos trabalhadores não conseguem realizar os procedimentos devido às constantes quedas no sistema. E a falta de estrutura resulta até na falta de servidores para realizar os procedimentos em Bagé, sendo necessário o deslocamento a outros municípios. “O Sine tem constantes dificuldades com o sistema e o Ministério do Trabalho não tem funcionário para dar baixa nos pedidos, assim é difícil. O trabalhador não tem culpa das instituições estarem mal equipadas e mal administradas”, reforça Cabral. 

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