quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Depois de 25 anos STIA ajuíza dissídio coletivo para setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos


      Desde o ano de 1989 o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região (STIA) não necessitava ajuizar o dissídio coletivo para os empregados de padarias, engenhos, indústria de laticínios e pequenos frigoríficos junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª região, em Porto Alegre. As dificuldades para um acordo com o sindicato patronal após vários encontros de negociação levaram à medida. Como a data-base é 1º de junho, o STIA tomou a medida para garantir a manutenção das principais cláusulas de interesse da categoria.
      A partir de agora, o compasso é de espera. Isso porque a documentação que será encaminhada ao TRT deverá dispor sobre o reajuste salarial e a pauta de reivindicações retirada em assembleia, no mês de abril. O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, enfatiza que itens como a desvinculação do piso normativo ao piso mínimo regional de salários, banco de horas e a flexibilização e/ou compensação do trabalho em domingos e feriados não são aceitos pela entidade ligada aos trabalhadores. “Há um interesse muito mais particular do que coletivo nessas situações, onde as empresas de médio e pequeno porte podem sofrer as consequências, pois nunca se sabe qual será a decisão do Judiciário”, salienta Cabral.
      O presidente cita como exemplo a discussão sobre a flexibilização a respeito do trabalho em domingos e feriados. O ajuizamento do dissídio coletivo, de acordo com o líder sindical, deve-se à intransigência das empresas. “Temos categorias profissionais no estado que obtiveram de 4% a 5% de aumento real, enquanto aqui em Bagé parece que o mundo vai acabar”, ironiza Cabral.

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