sexta-feira, 5 de setembro de 2014

STIA vai encaminhar ajuizamento de dissídio de setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos no TRT

      A falta de avanço nas negociações com o sindicato patronal visando ao acordo coletivo de trabalho para o setor de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos deve resultar no ingresso do ajuizamento junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4º região, em Porto Alegre, para dissídio coletivo da categoria. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé está encaminhando ao Departamento Jurídico a documentação necessária para o ajuizamento. A data-base das categorias envolvidas é 1º de junho. Embora tenham ocorrido quatro encontros de negociação, os principais itens não apresentaram evolução na proposta do sindicato patronal. 
      As indústrias da alimentação propuseram um reajuste de 9% e um piso normativo no valor de R$ 940,00 - desde que seja aceita a desvinculação do piso normativo ao piso mínimo regional de salários, além da inclusão do banco de horas e a flexibilização e/ou compensação do trabalho em domingos e feriados, o que é rechaçado pelos trabalhadores. Pelo entendimento do STIA, isso significaria o fim do pagamento de horas-extras aos empregados.
      O STIA aceita a proposta de reajuste geral de 9%¨e um piso normativo de R$ 940,00, mas exige que o piso normativo não seja nunca inferior ao Piso Mínimo Regional. Outra reivindicação da categoria que a classe patronal rejeita é quanto ao pagamento de salário profissional nos engenhos de arroz, no valor de dois pisos normativos, para as funções de secadorista, mecânico, soldador, eletricista, balanceiros, molineiro, laboratoristas, foguistas e caldeirista. “Queremos a inclusão dos pisos profissionais como forma de normatizar os salários nos engenhos, a exemplo do que acontece nas padarias e nos frigoríficos", destaca o vice-presidente do STIA/Bagé, Cláudio Gomes Gonçalves. 
      Apesar das dificuldades, Gonçalves não descarta a possibilidade de um acordo ainda ocorrer. “As negociações não tiveram avanço e por isso estamos realizando os procedimentos legais para o ajuizamento do dissídio coletivo, embora mantenhamos a posição de estarmos abertos ao diálogo", explica o vice-presidente.     
      Não há previsão de um novo encontro para tratar sobre o acordo coletivo com o sindicato patronal. O ajuizamento no TRT deverá ser realizado na próxima semana. 

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