sexta-feira, 18 de março de 2016

Segunda reunião de negociação entre Sindicatos e Marfrig termina sem acordo




       Neste dia 16 representantes dos sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé, São Gabriel e Pelotas participaram do segundo encontro visando ao acordo em convenção coletiva de trabalho com o Marfrig Group. A reunião teve ainda a participação do coordenador da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) - Sul, Darci Pires da Rocha. A data base da categoria é 1º de fevereiro.
       Os sindicalistas defendem que as negociações de dissídio tem objetivo de avançar em itens como a melhoria salarial dos trabalhadores, proporcionar melhores condições dentro do ambiente de trabalho e adequar as demais cláusulas socioeconômica do acordo.
       Entretanto, os representantes da empresa, alegando que a crise econômica deixa o mercado instável, ofereceram um reajuste salarial de 9,6% para quem recebe o piso da categoria - o mesmo índice do piso mínimo regional. Para os demais trabalhadores, fora do piso, a proposta é ainda menor - 8,81%. A iniciativa do Marfrig desagradou os sindicatos, já que a inflação no período ficou em 11,31%. Apesar de não haver uma nova data de encontro prevista, ficou estabelecido que uma nova reunião pode ser agendada pelas partes a qualquer momento.
       O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, destaca que no setor da alimentação não vê crise, ainda mais no setor frigorífico, onde a maior parte da produção é destina ao Exterior, com valorização da carne em dólar. "Um dos poucos setores que não sente a crise é o setor de alimentos. Pelo contrário, a cada dia que vamos nos supermercados os preços estão mais elevados e as pessoas tem que consumir", frisa Cabral.
      Após o segundo encontro de negociações, os sindicatos reunidos trataram de um cronograma de mobilização dos trabalhadores, não descartando a realização de assembleias na porta dos frigoríficos, como já ocorreu em 2015.

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