quinta-feira, 31 de março de 2016

Trabalhadores do Marfrig paralisam atividades e rejeitam proposta de reajuste salarial apresentada pela empresa













      Na manhã deste dia 31, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região realizou uma assembleia no portão de acesso à unidade do Marfrig em Bagé. O objetivo foi debater junto aos trabalhadores a proposta encaminhada pela empresa na última reunião de negociação para o Acordo em Convenção Coletiva de Trabalho. Mais de 600 trabalhadores participaram da mobilização. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. 
       Após duas reuniões de negociação, as propostas por parte da empresa não apresentaram avanços. Baseado nisso, a diretoria do Sindicato optou pela discussão da proposta em assembleia. Os trabalhadores rejeitaram por unanimidade a proposta do Marfrig - que oferece um reajuste salarial de 9,6% para quem recebe o piso da categoria, mesmo índice do piso mínimo regional. Para os demais trabalhadores, fora do piso, a proposta é de 8,81%. Os trabalhadores apresentaram uma contraproposta: um reajuste salarial de 11,31% de forma linear - atingindo a todos os empregados do Marfrig - e o cartão alimentação no valor de R$ 200,00, além da manutenção das demais cláusulas. A proposta será encaminhada à direção do Marfrig.
      Também participaram do ato representantes dos sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Camaquã, Dom Pedrito, Pelotas e São Gabriel. O coordenador da Sala de Apoio da CNTA-Sul, Darci Pires da Rocha, também participou da assembleia. 
      De acordo com o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, ainda não há uma data estabelecida para uma nova rodada de negociações com a empresa. Na mesma assembleia, os trabalhadores deliberaram por estabelecer o estado de greve - onde não paralisam suas atividades no momento, mas poderão entrar em greve caso não haja evolução nas negociações. "Mais uma vez o trabalhador demonstrou sua força. Embora a proposta da empresa tenha sido rejeitada, continuamos abertos ao diálogo e à negociação", ressalta Cabral. 

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