Dois acidentes de trabalho ocorridos nos últimos dias no terceiro turno do Pampeano Alimentos, em Hulha Negra, deixaram trabalhadores feridos. O Marfrig Group encaminhou um relatório da situação ao Sindicato . Os problemas ocorreram no início de junho, em dois dias consecutivos, por volta das 3h. Os trabalhadores tiveram parte dos dedos decepados.
O primeiro acidente ocorreu no setor de Lavanderia. Segundo a empresa, uma trabalhadora foi realizar a retirada de roupas da máquina de lavar e, ao tentar abrir a porta de acesso ao tambor do equipamento, teria apertado o botão de posicionamento. Com isso, pressionou o terceiro dedo da mão direita, tendo perda da falange distal (ponta do dedo).
O outro acidente aconteceu no setor misturador. O trabalhador realizava a higienização das linhas de saída do misturador e, ao colocar as mãos no local onde ficam as pás de corte do motor, teria sofrido lesões. O trabalhador perdeu as falanges distais do segundo, quarto e quinto dedo, além da segunda falange do terceiro dedo.
A empresa informa que está tomando as providências cabíveis em relação às causas imediatas e que está investigando os acidentes. Assim que houver conclusões irá encaminhá-las ao Sindicato. O Pampeano Alimentos informou que está a disposição para prestar esclarecimentos necessários, realizando as providências cabíveis e prestando o apoio aos trabalhadores acidentados. A empresa destaca ainda que realizou reunião extraordinária da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e está dando andamento na coleta de dados e informações para finalizar as investigações.
O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, relata que o Sindicato está monitorando a situação dos trabalhadores e está à disposição para qualquer providência necessária a ser tomada. O líder sindical reforça a necessidade de adequação a normas que visem à segurança e saúde do trabalhador, estabelecidas pela Norma Regulamentadora 36 – sobre o trabalho em frigoríficos.
Cabral destaca também a necessidade de orientação e capacitação adequada dos trabalhadores na operação de máquinas. “Isso deve ser feito pela empresa. Embora sejam oferecidos equipamentos de proteção individual e dispositivos de segurança, muitas vezes eles são inadequados ou os trabalhadores são novatos e não recebem a qualificação necessária para a operação desses equipamentos”, ressalta o presidente. “Esperamos que realmente a empresa tome as providências necessárias e que a culpa não seja repassada aos trabalhadores porque com certeza eles não querem ter mutilações que vão acompanha-los por toda a vida”, complementa Cabral.
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