terça-feira, 7 de maio de 2024

Marfrig volta atrás em proposta e Acordo Coletivo com sindicatos da Alimentação de Bagé e São Gabriel segue indefinido




    Em reunião da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região na manhã desta terça-feira (7), a decisão foi de manter a proposta de reajuste salarial de 4,82% aos trabalhadores do Marfrig/Bagé e Pampeano Alimentos. A posição da Diretoria foi tomada após o retorno da proposta por parte da empresa – que causou indignação às lideranças sindicais.


    No último dia 3 de maio a Marfrig encaminhou por e-mail, às 14h35min, a aceitação da proposta encaminhada pelos sindicatos de Bagé e São Gabriel, que consistia em um reajuste salarial de 4,82% - com a reposição da inflação do período entre fevereiro de 2023 a janeiro de 2024, mais 1% de aumento real. Além disso, o mesmo índice valeria para o Piso Salarial da categoria e  Vale-Alimentação para Bagé  no valor de R$ 315,00.


    Para surpresa do Sindicato, às 17h17min o gerente de Relações Trabalhistas e Sindicatos da Marfrig, Benedito Varaldo Nascimento, que havia encaminhado a aceitação da proposta às 14h35min, encaminhou novo e-mail desconsiderando a proposta.


“Eu entendi a resposta da presidência de forma equivocada e peço desculpas por isso”, escreveu Benedito, destacando que a proposta anterior feita pela empresa, de 3,82%, (reposição da inflação) era a resposta da Marfrig. 


    “Eles estão tratando com os trabalhadores que estão há 15 meses sem reajuste, não com crianças. Se eles estão de brincadeira, nós não estamos”, afirma o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral Jorge. 


    Outro fato que trouxe indignação aos diretores do Sindicato foi o tempo de demora para a resposta da Marfrig. A reunião de negociação ocorreu no dia 10 de abril, em Bagé. O retorno só veio no dia 3 de maio – e com essa situação de concordância inicial para a empresa voltar atrás posteriormente. 


    Conforme Cabral, a negociação segue aberta, embora a empresa esteja levando os trabalhadores a um grau de esgotamento.


    “Se ainda não fechamos o Acordo Coletivo, não é por culpa do Sindicato, é por causa da empresa que quer tirar diretos dos trabalhadores. Isso é mais que revoltante, é triste. Na hora que a empresa pedir alguma coisa ao trabalhador, que vai acontecer mais cedo ou mais tarde, é hora de pensar bem, já que a empresa não apresenta nenhuma consideração aos seus colaboradores”, enfatiza Cabral.


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