A falta de posição da empresa gera indefinição sobre o acordo coletivo de trabalho entre os sindicatos de trabalhadores nas indústrias de Alimentação de Bagé e São Gabriel e a Minerva Foods. Os trabalhadores estão há 15 meses sem reajuste salarial na planta frigorífica da Rainha da Fronteira. As bases para o Acordo Coletivo de Trabalho entre as partes permanecem distantes.
Nesta terça-feira (6), a Federação Intermunicipal dos Empregados em Indústrias e Cooperativas de Alimentação do Rio Grande do Sul (FIEICA-RS) realizou uma live com os representantes dos Sindicatos da Alimentação de Bagé e São Gabriel para debater a situação. O coordenador do Departamento Jurídico do STIA/Bagé, Álvaro Meira, participou do encontro, esclarecendo pontos sobre a proposta patronal e da contraproposta unificada dos sindicatos. O coordenador das negociações é o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA-Afins) e presidente do STI Alegrete, Marcos Rosse.
O encontro resultou na definição que os sindicatos irão manter a mesma proposta apresentada na mesa de negociação no dia 9 de abril: um reajuste de 4,17% mais 2% de aumento real, Visa Vale de R$ 350, acréscimo de 4% no salário a cada cinco anos trabalhados (quinquênio), manutenção das cláusulas anteriores do acordo coletivo e a unificação da data-base dos sindicatos — atualmente em fevereiro para Bagé e São Gabriel e em julho para Alegrete.
A Minerva Foods ofereceu apenas um reajuste com a reposição da inflação acumulada no período (4,17%), o pagamento da diferença dos meses de fevereiro, março e abril na forma de abono, além do Visa Vale indo para R$ 328.
"Estamos abertos ao diálogo, mas não aceitaremos retrocessos. Não vamos abrir mão de conquistas históricas como o auxílio escolar e o pagamento quinzenal. A proposta da empresa ainda está muito aquém do que os trabalhadores da Minerva em Bagé e São Gabriel merecem", afirmou o presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral Jorge. "Se não houver avanços, vamos conversar diretamente com os trabalhadores para decidirmos o rumo da negociação", complementa o líder sindical.
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