sexta-feira, 19 de junho de 2015

STIA/Bagé e sindicato patronal não chegam a acordo no TRT referente ao dissídio 2014/2015

                     
Empresas contestam dissídio e partes tem 20 dias para se manifestarem sobre situação, que se arrasta desde o ano passado

      A audiência conciliatória entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé (STIA) com o sindicato patronal referente ao dissídio coletivo para os empregados dos setores de padarias, engenhos, laticínios e pequenos frigoríficos referente ao período 2014/2015 não apresentou evolução. O encontro ocorreu no dia 18 de junho em Porto Alegre, na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Como a representação das empresas ingressou com uma contestação do dissídio, a Justiça do Trabalho concedeu um prazo de 20 dias para que as partes apresentem manifestações. "Desta maneira a audiência ficou prejudicada pelas contestações do sindicato patronal e pela ausência de representantes de membro sua diretoria, o que inviabilizou qualquer tipo de mediação", destaca o presidente em exercício do STIA/Bagé, Cláudio Gomes Gonçalves.
      No encontro apenas o representante legal do sindicato patronal esteve presente - por parte do STIA, além de Gonçalves, esteve o coordenador do Departamento Jurídico, advogado Álvaro Meira. "A ausência de um representante das empresas demonstra a falta de respeito e consideração não só para com a nossa entidade como também aos trabalhadores da nossa categoria,” pondera Gonçalves. Disse que Após a apresentação das manifestações junto ao TRT poderá ser designada uma nova audiência. "Essa demora  nos preocupa até mesmo porque já ingressamos no período da data-base, que é 1º de junho. Com esta negociação de dissídio 2014/2015 em andamento, dependíamos do resultado deste encontro para termos um parâmetro visando à campanha salarial 2015/2016", explica o presidente em exercício.
      Gonçalves argumenta que as empresas alegam prejuízos financeiros no momento da negociação do dissídio. O líder sindical, entretanto, rebate que nunca viu uma empresa do setor da alimentação em Bagé ir à falência por conceder reajuste salarial aos trabalhadores. "Hoje temos 117 empresas no setor de padarias, engenhos de arroz e laticínios na região de Bagé arroladas em nosso dissídio, quando em 2010 tínhamos 82, o que representa um crescimento da atividade no setor da alimentação", ressalta o presidente em exercício do STIA/Bagé. 

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