quinta-feira, 25 de junho de 2015

Primeira proposta de sindicato patronal é apresentada ao STIA/Bagé



      Neste dia 24 de junho ocorreu o primeiro encontro entre representantes do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e o sindicato patronal visando às negociações para o dissídio coletivo dos trabalhadores de padarias, engenhos de arroz, indústrias de laticínios e pequenos frigoríficos referente à campanha salarial 2015/2016. Na oportunidade, a classe patronal apresentou uma proposta de um reajuste geral de 8,76% - reposição da inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).  
      Entretanto, os representantes do STIA demonstram frustração com as demais propostas – a desvinculação do Salário Normativo da categoria do Piso Mínimo Regional, o não pagamento das horas-extras trabalhadas aos domingos, feriados e dias compensados, dando folga em outro dia da semana a livre escolha do patrão e a criação do Banco de Horas, que em outras oportunidades já foi rejeitada pelos trabalhadores. Além disso, as empresas querem a retirada do auxílio escolar fornecido aos seus empregados. 
      No próximo dia 30 a diretoria do STIA estará reunida para analisar a proposta do sindicato das empresas. Após a discussão, uma contraproposta poderá ser elaborada. Ainda não há data para uma nova rodada de negociações. Vale lembrar que o dissídio coletivo referente ao período 2014/2015 ainda não foi acertado e está em discussão no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, em Porto Alegre. 
      Entre as propostas dos trabalhadores, retiradas em assembleia realizada no dia 8 de maio estão: reajuste geral de 16% (mesmo índice do Piso Mínimo Regional de salários no Rio Grande do Sul), um piso normativo de R$ 1.200,00 e a manutenção das demais cláusulas, bem como itens específicos para cada categoria.  A data-base das categorias é 1º de junho. 
      A diretoria do STIA destaca que em outras categorias no estado houve a vinculação do reajuste do Piso Mínimo Regional ao Piso Normativo das categorias, mas na região de Bagé o interesse das empresas é a retirada deste item. E, da mesma forma, o Banco de Horas foi retirado do Acordo Coletivo de Trabalho em 2011 a pedido das próprias empresas – que agora desejam o retorno da compensação. “Em uma avaliação preliminar, só podemos lamentar a proposta da classe patronal”, destaca o presidente em exercício do STIA/Bagé, Cláudio Gomes Gonçalves. 

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