sábado, 7 de março de 2020

Ex-funcionários da Comercial de Alimentos Piratini vão receber mais uma parte do valor das rescisões de trabalho



      Um dos processos judiciais mais longos aguardado pelos trabalhadores teve um novo desdobramento esta semana. Na última quinta-feira (5), em reunião no salão do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, o coordenador do Departamento Jurídico, Álvaro Pimenta Meira, informou a um grupo de trabalhadores da antiga Comercial de Alimentos Piratini que mais um valor devido foi liberado. O recurso foi obtido junto à 5ª Vara Federal de Porto Alegre. O valor total aproximado é de R$ 200 mil. "Aos poucos se está conseguindo pagar a verba rescisória dos trabalhadores que, quando foram demitidos em 1993, não receberam nada", ressalta Meira.O processo tramita na 2ª Vara do Trabalho de Bagé, Juízo onde são expedidas às ordens de priorização do crédito laboral.
      O Sindicato nunca descuida dessa situação dos trabalhadores.  O processo da Comercial de Alimentos Piratini tramita há 27 anos. A grande dificuldade é que não existe patrimônio em nome da empresa. Para conseguir os valores referentes aos débitos com os trabalhadores é necessário ir atrás de bens dos sócios. "O que encontramos são execuções em outros juízos, especialmente da Fazenda Pública, onde existem penhoras. Como o crédito trabalhista é mais preferencial, vamos lá, discutimos todo um processo até conseguirmos, no final, que o valor seja revertido pela Justiça do Trabalho", explica  Meira. O cronograma de pagamento dos trabalhadores deverá ser estabelecido na próxima semana. 
      Em 2018, após atuação de Meira, o Sindicato já havia conseguido liberar valores para os trabalhadores. O presidente do STIA Bagé, Luiz Carlos Cabral, agradece à paciência e persistência dos ex-funcionários da empresa e a confiança depositada no trabalho realizado pelo departamento jurídico do Sindicato. "Não desistimos nunca, fizemos diligências e continuaremos na luta para que os trabalhadores recebam o restante do valor a que têm direito", enfatiza Cabral.

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