sábado, 1 de dezembro de 2012

Sindicatos de Trabalhadores na Alimentação vão ter assembléias para definir estado de greve em unidades do Marfrig




         

Reunidos na tarde de ontem na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e Região, representantes locais e dos municípios de Alegrete, Pelotas e São Gabriel deliberaram sobre as tentativas do Acordo Coletivo de Trabalho entre trabalhadores e o Marfrig Group. A data-base da categoria é 1º de junho. Até agora os encontros realizados não terminaram em avanços. O encontro definiu que a partir do dia 23 de agosto serão realizadas assembléias pelos sindicatos para deliberar sobre a possibilidade de estado de greve.

Os representantes sindicais discutiram a última proposta apresentada pela empresa. Entretanto não houve aceitação. Os sindicatos querem um reajuste de 10,5% sobre junho de 2011, além de um piso geral de R$ 810,00 e um piso para os profissionais (desossador, faqueiro e magarefe) no valor de R$ 872,00, transporte até os frigoríficos sem custo para o trabalhador, a inclusão de uma cesta básica no valor de R$ 120,00, entre outros itens.

No dia 23 de agosto o STIA/Bagé irá realizar uma assembléia com os trabalhadores para definir o estado de greve da categoria. Em Alegrete o encontro ocorrerá dia 24. Em São Gabriel e Pelotas a data deverá ser confirmada.

O coordenador da sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins (CNTA)/Sul, Darcy Rocha, esteve presente ao encontro. Ele destaca que a mobilização da categoria é importante pelo fato de o Marfrig estar se recusando a apresentar uma proposta que leve em conta a necessidade dos trabalhadores. “A empresa recebe incentivos do programa Agregar/RS onde os sindicatos fornecem uma declaração de anuência. Somente com esses incentivos o Marfrig poderia pagar a folha”, argumenta Rocha.

O líder sindical pondera que o grupo frigorífico não cumpre com os dispositivos estabelecidos no Agregar/RS, como a manutenção dos empregos. “Seguramente houve uma redução de 30% no contingente do quadro de pessoal desde que a empresa começou a participar do programa”, afirma. Outra preocupação é quanto ao afastamento de trabalhadores por doenças ocupacionais. Rocha enfatiza que a empresa não quer discutir essa situação.

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