Reunidos na tarde de ontem na sede do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé e Região, representantes locais e dos municípios de Alegrete, Pelotas e São Gabriel deliberaram sobre as tentativas do Acordo Coletivo de Trabalho entre trabalhadores e o Marfrig Group. A data-base da categoria é 1º de junho. Até agora os encontros realizados não terminaram em avanços. O encontro definiu que a partir do dia 23 de agosto serão realizadas assembléias pelos sindicatos para deliberar sobre a possibilidade de estado de greve.
Os representantes sindicais discutiram a última proposta apresentada pela empresa. Entretanto não houve aceitação. Os sindicatos querem um reajuste de 10,5% sobre junho de 2011, além de um piso geral de R$ 810,00 e um piso para os profissionais (desossador, faqueiro e magarefe) no valor de R$ 872,00, transporte até os frigoríficos sem custo para o trabalhador, a inclusão de uma cesta básica no valor de R$ 120,00, entre outros itens.
No dia 23 de agosto o STIA/Bagé irá realizar uma assembléia com os trabalhadores para definir o estado de greve da categoria. Em Alegrete o encontro ocorrerá dia 24. Em São Gabriel e Pelotas a data deverá ser confirmada.
O coordenador da sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins (CNTA)/Sul, Darcy Rocha, esteve presente ao encontro. Ele destaca que a mobilização da categoria é importante pelo fato de o Marfrig estar se recusando a apresentar uma proposta que leve em conta a necessidade dos trabalhadores. “A empresa recebe incentivos do programa Agregar/RS onde os sindicatos fornecem uma declaração de anuência. Somente com esses incentivos o Marfrig poderia pagar a folha”, argumenta Rocha.
O líder sindical pondera que o grupo frigorífico não cumpre com os dispositivos estabelecidos no Agregar/RS, como a manutenção dos empregos. “Seguramente houve uma redução de 30% no contingente do quadro de pessoal desde que a empresa começou a participar do programa”, afirma. Outra preocupação é quanto ao afastamento de trabalhadores por doenças ocupacionais. Rocha enfatiza que a empresa não quer discutir essa situação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário