sábado, 1 de dezembro de 2012

Trabalhadores do Marfrig Bagé decidem entrar em estado de greve



















Cerca de 500 funcionários do Marfrig/Bagé decidiram na manhã de hoje rejeitar a proposta da empresa e ratificar a pauta de reivindicações encaminhada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Bagé (STIA). Com isso foi decidido o estado de greve da categoria, podendo a entidade sindical optar pela paralisação das atividades a qualquer momento. A decisão será encaminhada na tarde desta quinta-feira ao gerente administrativo do Marfrig Group, Mauritel de Oliveira. A assembléia foi realizada no início da manhã deste dia 23 em frente à porta da fábrica, na Vila Industrial.

A partir da ratificação do resultado do encontro, o STIA está autorizado pelos trabalhadores a dar continuidade nas negociações. Respeitado o prazo estabelecido em lei de 48 horas após a efetivação da assembléia, o Sindicato poderá promover paralisação das atividades no frigorífico. A decisão foi tomada por unanimidade.

O coordenador da sala de apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins, Darci Rocha, esteve presente ao ato em Bagé. Ele qualifica como essencial a participação dos trabalhadores do Marfrig em busca de seus direitos pois prestaram atenção nas condições exigidas pelo Sindicato e rejeitaram a proposta do Marfrig. “Outros grupos da alimentação no estado já resolveram seus acordos coletivos, enquanto que no Marfrig a situação chega quase ao nível discriminatório por causa da intansigência da empresa”, reforça Rocha.

O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, espera que a partir do resultado da assembléia o Marfrig atenda a mais itens da pauta de reivindicações da categoria. “O Sindicato segue aberto ao diálogo, mas esperamos que a empresa apresente uma proposta mais digna e menos aviltante das que foram feitas até aqui”, sustenta Cabral.

Além de um reajuste salarial de 10,55% o STIA propõe um piso geral no valor de R$ 810,00, um piso profissional de R$ 872,00, transporte e refeições gratuitas para os trabalhadores, cesta básica de R$ 120,00, antecipação do benefício previdenciário, reconhecimento de todos os atestados médicos, área de repouso para os trabalhadores ficarem nas pausas, bem como abrigos cobertos para os trabalhadores que necessitarem esperar o transporte (ônibus), equiparação do reajuste do piso mínimo regional, no mês de janeiro, caso o mesmo fique superior aos pisos acordados realização de exames médicos trimestrais e pausas, conforme o que está sendo tratado na nova Norma Regulamentadora (a cada 50 minutos trabalhados, 10 de pausa).


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