terça-feira, 26 de abril de 2016

Mediação no TRT em Porto Alegre encaminha acordo coletivo entre sindicatos e Marfrig Group



      Em audiência conciliatória realizada no último dia 25 no Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região em Porto Alegre, os sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé, São Gabriel e Pelotas estão próximos de fechar o acordo coletivo de trabalho com o Marfrig Group. O desembargador João Pedro Silvestrin, vice-presidente do TRT e no exercício da presidência da Seção de Dissídios Coletivos, em comum acordo com a representante do Ministério Público do Trabalho, Beatriz de Holleben Junqueira Fialho, mediou uma proposta de um reajuste linear de 10% para todos os trabalhadores e um cartão-alimentação no valor de R$ 195,00 – principais itens que estavam emperrando as negociações. A proposta está sendo apresentada pelos sindicatos aos trabalhadores e, após esta etapa, o Marfrig Group será informado da decisão da categoria.
      Em relação ao dia não trabalhado (31 de março), quando houve assembléia na porta da fábrica da unidade em Bagé, ficou estabelecido que esse dia será trocado pelos minutos de preparo, evitando que os trabalhadores tenham qualquer tipo de prejuízo no que se refere ao cartão-alimentação e o descanso semanal remunerado. Também foi estabelecida a manutenção das demais cláusulas do Acordo Coletivo.
      “No momento econômico atual do país, embora saibamos que o setor da alimentação é um dos poucos não atingidos pela crise, até o momento é um dos melhores índices de reajuste salarial na nossa categoria no estado do Rio Grande do Sul”, pondera o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região, Luiz Carlos Cabral. Vale lembrar que a pauta apresentada pelo Marfrig Group continha uma proposta de reajuste salarial de 9,60% para o piso da categoria e 8,81% para os demais trabalhadores, além do valor do cartão-alimentação apenas com a reposição da inflação – o que deixaria o valor abaixo de R$ 180,00. 
      O líder sindical revela outros pontos na pauta de negociações original apresentada pela empresa. Havia itens que causariam prejuízo aos trabalhadores. Como, por exemplo, o desconto de 3% a título de vale-transporte sobre o salário nominal, compensação dos minutos de preparo em qualquer dia da semana em caráter setorial (além de transferir o saldo negativo para o próximo período) que hoje, ao final de três meses, o que não foi compensado a empresa paga aos trabalhadores, além da redução do percentual de pagamentos em dias já compensados (de 100% para 50%).

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