sexta-feira, 22 de abril de 2016

STIA/Bagé e Marfrig reúnem-se dia 25 no TRT em Porto Alegre


Empresa ajuizou Dissídio de Greve contra sindicato

      A próxima etapa de negociação entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Bagé e Região e o Marfrig Group tem data marcada e em uma circunstância diferente. A empresa ajuizou Dissídio de Greve junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, solicitando que o Sindicato impeça os trabalhadores de realizar greve, tendo em vista a falta de avanço nas negociações do Acordo em Convenção Coletiva de Trabalho. O Sindicato apresentou defesa de que não há greve e sim a mobilização dos trabalhadores é em função de diversos problemas de ergometria, apontados pela força-tarefa do Ministério Público do Trabalho e Ministério do Trabalho e Previdência Social, realizada em 2015, além da falta de avanço nas negociações.
      Três reuniões entre as partes já ocorreram em Porto Alegre, envolvendo também os sindicatos de trabalhadores na alimentação de Alegrete, São Gabriel e Pelotas. Uma assembleia foi realizada na porta da unidade do Marfrig/Bagé dia 31 de março. Na oportunidade, os trabalhadores debateram a proposta do frigorífico de um reajuste linear (para todos os funcionários, incluindo quem recebe o Piso Salarial da categoria) de 9,60%. A empresa manteve a iniciativa de conceder o cartão-alimentação apenas com a reposição da inflação do período.
      Os trabalhadores apresentaram como contraproposta um reajuste salarial de 11,31% e o cartão-alimentação no valor de R$ 200,00, além da manutenção das demais cláusulas. Os trabalhadores também aprovaram o estado de greve a partir daquele momento – mas em momento algum deliberaram por entrar em greve. No dia seguinte, a direção da empresa foi oficializada sobre a decisão dos trabalhadores.
Perda do dia não trabalhado                                    
      Uma preocupação dos trabalhadores do Mafrig/Bagé tem sido manifestada ao sindicato. A possibilidade de perda do dia não trabalhado na data da realização da assembleia que rejeitou a proposta do Marfrig por unanimidade - o que influencia também no cartão-alimentação recebido. O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, ressalta que os trabalhadores foram informados no dia da assembleia de que a paralisação faria parte da pauta de negociação. "Vamos lutar para que o dia seja compensado e que não haja perda no cartão-alimentação. A participação na assembleia é um direito do trabalhador", assinala Cabral
Na mesma assembleia os trabalhadores também rejeitaram a proposta da empresa de voltarem a trabalhar na parte da tarde e completarem no sábado as horas não trabalhadas no dia da assembleia. Havendo a rejeição dos trabalhadores nesse item, Cabral propôs que esse dia não trabalhado seria levado à mesa de negociação.

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