Empresa ajuizou Dissídio de Greve contra sindicato
Três reuniões entre as partes já ocorreram em Porto Alegre, envolvendo também os sindicatos de trabalhadores na alimentação de Alegrete, São Gabriel e Pelotas. Uma assembleia foi realizada na porta da unidade do Marfrig/Bagé dia 31 de março. Na oportunidade, os trabalhadores debateram a proposta do frigorífico de um reajuste linear (para todos os funcionários, incluindo quem recebe o Piso Salarial da categoria) de 9,60%. A empresa manteve a iniciativa de conceder o cartão-alimentação apenas com a reposição da inflação do período.
Os trabalhadores apresentaram como contraproposta um reajuste salarial de 11,31% e o cartão-alimentação no valor de R$ 200,00, além da manutenção das demais cláusulas. Os trabalhadores também aprovaram o estado de greve a partir daquele momento – mas em momento algum deliberaram por entrar em greve. No dia seguinte, a direção da empresa foi oficializada sobre a decisão dos trabalhadores.
Perda do dia não trabalhado
Uma preocupação dos trabalhadores do Mafrig/Bagé tem sido manifestada ao sindicato. A possibilidade de perda do dia não trabalhado na data da realização da assembleia que rejeitou a proposta do Marfrig por unanimidade - o que influencia também no cartão-alimentação recebido. O presidente do STIA/Bagé, Luiz Carlos Cabral, ressalta que os trabalhadores foram informados no dia da assembleia de que a paralisação faria parte da pauta de negociação. "Vamos lutar para que o dia seja compensado e que não haja perda no cartão-alimentação. A participação na assembleia é um direito do trabalhador", assinala Cabral
Na mesma assembleia os trabalhadores também rejeitaram a proposta da empresa de voltarem a trabalhar na parte da tarde e completarem no sábado as horas não trabalhadas no dia da assembleia. Havendo a rejeição dos trabalhadores nesse item, Cabral propôs que esse dia não trabalhado seria levado à mesa de negociação.
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